Em dezembro do ano passado noticiei que vereadores eleitos e reeleitos estavam na eminência de serem investigados pela Justiça eleitoral em decorrência de
uma ação que levantava hipótese sobre possíveis irregularidades relacionadas ao uso de candidaturas laranja para burlar a legislação eleitoral, especialmente no cumprimento da Lei de Cotas de Gênero.
Na época, as Ações de investigação judicial eleitoral em tramitação na Justiça Eleitoral de Paulo Afonso (BA) apontavam para possível cassação de quatro vereadores eleitos e reeleitos nas eleições municipais de 2024. Na denúncia aparecia em letras garrafais os nomes de Jailson Oliveira(PP), Marquinhos de Zezinho (PP), e do Partido Republicano Democrático (PRD) – Bero do Jardim Aeroporto e Nei da Vigilância.
No calor da notícia o diretório do Partido progressista em Paulo Afonso emitiu uma nota oficial em (20/12), refutando as alegações de irregularidades.
Particularmente não acrdito que isso dará em nada, porém, o fato nos remete a uma reflexão contundente sobre a crise da democracia. Como o dinheiro e a corrupção podem subverter os sistemas políticos e eleitorais, levando a uma perda de noção do que é aceitável e do que é um escândalo.
A ânsia por privilégios e regalias é um sintoma de uma cultura política doentia, que prioriza o benefício próprio sobre o serviço público e a responsabilidade.
O saudoso veraedor Antonio Alexandre dos Santos, não era um santo, mas em sua época já alertava como um profeta dos tempos que se seguiram: “É preciso mudar os procedimentos éticos e administrativos”. Como ninguém fica da etenidade, ele morreu.
21/04
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