Em mais de uma ocasião, me ofereceram o vinho da ilusão para saborear o pleito que toma às ruas a partir da desssa terça-feira (16), com a chegada dos carros de som, santinhos, praguinhas e as músicas dos candidatos que azucrinam e divertem o povo com a mesma intensidade. Recusei. Porque ao jornalista cumpre não confrontar a realidade.
O entusiasmo de Raimundo Caires Rocha (PSB), que se empenha diariamente em tomar lideranças para si, deixa evidente que o ex-prefeito não jogará a toalha quando setembro chegar, o que anima e alivia o grupo da situação, liderando por Anilton Bastos Pereira (PDT), na mesma medida que preocupa seu concorrente na oposição, o ex-prefeito Paulo de Deus (PMDB).
Em conversas reservadas, o grupo do candidato Luiz de Deus (PSD) temia que Raimundo pudesse formar a união das oposições, como ainda defende abertamente o deputado federal Mário Júnior (PP). Porém, ao assistirem a entrada virulenta de Caires, principalmente nos redutos do adversário, se tranquilizaram.
Mário Júnior, por seu turno, defende a lógica. Sem a união das oposições, nenhum candidato, dada às condições que o município apresenta, tira a prefeitura de Paulo Afonso das mãos de Luiz de Deus. Quem diz o contrário, delira, e se muitos dizem, trata-se de um delírio coletivo.
Digam-se cá: são três ex-prefeitos no páreo, um deles com a máquina poderosa nas mãos a quem toda demanda, ou quase todas são atendidas de última hora, o eleitor do jeito que sabemos: desacreditados, e do outro lado, dois ex-prefeitos disputando o mesmo espaço. Raimundo até o momento não avança no terreno de Anilton. É batata!
O inexplicável sabor da ilusão embriaga os ouvidos de Raimundo Caires que segue pavimentando o caminho para tornar mais fácil a chegada de Luiz de Deus. Resta ao PMDB e ao PP, colocar água no vinho de Caires para ver se ele desperta, ou bye bye prefeitura de Paulo Afonso.