Opinião

Paulo Afonso (BA) - 19/06/2013

Brasil gratuito

Marcos Tavares
Foto reprodução

Tinha de acabar nisso. Tanto o governo deu esmolas, concedeu benefícios, que o brasileiro achou que o céu era perto e agora o país se convulsiona sob o lema Passe Livre. Nem as grandes e sólidas economias, como Noruega, Suécia e Reino Unido, chegaram a dar ônibus e metrô de graça para seus cidadãos, simplesmente porque passagem custa dinheiro e não cabe ao governo arcar com esse ônus, que por sinal no Brasil não é dos trabalhadores, mas sim dos patrões que pagam o vale-transporte para cada um.
Já se disse que não existe almoço grátis e conceder passe livre a quem quer que seja onera quem paga, aumenta a responsabilidade e o valor de quem usa o transporte coletivo e entra com seu rico dinheirinho. O que virá depois do Passe Livre? Cinema Livre, Motel Livre, Balada Livre? Será que teremos um Estado provedor de tudo que o ser humano necessita de trabalho a lazer tudo saindo dos cofres do erário? Está claro que não é o Passe Livre a questão que levanta multidões. É algo mais profundo e bem mais grave.
Lutar pelos direitos é uma forma de democracia. Inventar direitos impossíveis e levá-los como bandeira de luta é a mais pura anarquia e é isso que se vê nas grandes manifestações do Rio e de São Paulo. Não existem descamisados nesse rol de gente. A grande maioria é de classe média abastada que nunca pegou um ônibus para ir à escola. É esse povo que cansado de ver esse Brasil sem jeito foi às ruas, e por absoluta falta de bandeiras pede coletivos sem ônus para quem dele necessita ou não.


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