A redução do repasse de verbas das prefeituras às câmaras municipais, embora seja mais nocivo para as pequenas cidades, já começa a abalar as estruturas dos grandes municípios da Bahia. Em Paulo Afonso, por exemplo, a Casa das Leis fez uma análise do impacto financeiro e verificou que pelo menos R$ 1 milhão será cortado, o que fez com o parlamento tomasse algumas medidas para contensão de despesas. Segundo o presidente Antonio Alexandre, com a medida ele foi obrigado a demitir 26 funcionários, reduzir o consumo de combustíveis, suspender contratos, e até mesmo cota para fotocópia (xérox), dentre outras dezenas. No evento em que vereadores de todo o estado estiveram reunidos para tratar da redução do duodécimo nesta quinta-feira (11) no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador a Câmara Municipal de Glória também se mobilizou para o debate. Liderados pelo presidente da Casa Nildo José (PT), os parlamentares foram em busca de estratégias para reverter à queda dos repasses, que chegará a R$ cerca de 300 mil ano, o que para um município com menos de 20 mil habitantes significa impacto negativo desproporcional para exercício do parlamento local. Ou seja, os mais pobres perdem mais.