A greve dos bancários, iniciada na última semana, já afeta o comércio pauloafonsino. A impossibilidade de realizar algumas operações nas instituições financeiras já ameaça, inclusive, o pagamento dos funcionários.
Os financiamentos para encomendas de final de ano e de trocas de cheque a prazo por dinheiro à vista para pagamentos também estão prejudicados. Com pouco dinheiro circulando no mercado, já é perceptível a retração nas vendas do comércio. Somente em Paulo Afonso a estimativa é de que a queda na movimentação das lojas tenha chegado a 30%.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Paulo Afonso (CDL-BA), Francisco Rodrigues Neto , afirmou que a greve pode não só afetar negativamente as vendas no comércio , como também aumentar a inadimplência no setor.“Os prejuízos já são visíveis, mas não podemos contabilizar. Percebemos uma nítida queda no dinheiro circulante no comércio e a inadimplência pode aumentar.
A greve é um direito legítimo, agora espero que encontrem uma forma menos prejudicial para a sociedade”.“A problemática se torna ainda maior por estarmos nos últimos dias do mês, ou seja, os salários começarão a ser pagos já na próxima semana e se a paralisação continuar, com certeza teremos prejuízos ainda maiores" , enfocou Chico da Rio Malhas.
Os bancários pedem reajuste de 12,8% (sendo 5% de aumento real mais inflação), melhoria na PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), maior contratação de funcionários, cumprimento da lei dos 15 minutos, maior investimento na segurança bancária, dentre outras questões. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) oferece apenas 0,56% de aumento real.