Iniciadas em 2008 com a promessa de gerar cinco mil empregos diretos, absorvendo prioritariamente mão de obra local, as obras de construção da rede de saneamento básico de Paulo Afonso, que segundo a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (EMBASA) resolverão 100% dos problemas decorrentes da poluição dos lagos artificiais que fazem parte do cartão postal da cidade, ultimamente têm sido motivo de insatisfação de moradores dos bairros BNH, Panorama, Senhor do Bonfim, Centenário e General Dutra.
Segundo moradores destes bairros e de outros locais onde os serviços estão sendo realizados, as escavações são feitas sem critérios e sem o menor respeito ao direito das pessoas de utilizar o espaço em que vivem, inclusive as obrigando a deixar seus carros distante de suas residências, em virtude da impossibilidade de acesso às suas garagens.
No Senhor do Bonfim - principal via de acesso ao Centenário - o trecho interditado, próximo ao cano que abastece os carros pipas, dificulta o trânsito de veículos grandes, principalmente ônibus coletivos, que passam constantemente pelo local, disputando espaço com carros pequenos, motos, bicicletas e carroças, exigindo habilidade redobrada dos condutores, para evitar acidentes.
Outro incômodo, apontado principalmente por moradores dos bairros Panorama e BNH é a quebra da tubulação da rede de abastecimento de água. Segundo os moradores, os canos danificados pelas máquinas demoram até uma semana para serem consertados pela EMBASA, deixando as residências sem o precioso líquido, sem falar nas poças de lama que se formam no maio das ruas, provocando o aparecimento de focos de mosquitos.
Informado sobre os incômodos causados pelos serviços, o Prefeito Anilton Bastos Pereira ameaçou embargar as obras, caso não sejam tomadas providências urgentes. -"As ruas estão cheias de desníveis e buracos, um perigo para a população, e não queremos que o problema chegue ao centro da cidade; se não forem tomadas as devidas providências vou ser obrigado a embargar a obra", declarou o Prefeito.
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