Crise: Oposição abandona Assembleia Itinerante em retaliação ao presidente
(Informações do Bocão News).
Para oposição, Nilo agiu de forma 'arbitrária e antidemocrática'
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa enviou nota à imprensa afirmando que não irá mais participar das sessões itinerantes do parlamento estadual, a começar pela desta quinta-feira (12) que será realizada em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (11) em retaliação ao presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT). De acordo com os integrantes da bancada, o pedetista teria agido de forma “arbitrária, deselegante e antidemocrática” ao não permitir que os parlamentares exerçam sua mais importante prerrogativa...o direito constitucional ao pleno debate das matérias e projetos apreciados e votados na Alba.
No documento, os deputados afirmam que o regimento interno da Casa foi desrespeitado pelo presidente. Nilo nega que tenha adotado qualquer medida autoritária ou antirregimental. Segundo ele, o amadorismo dos deputados de oposição que estavam no plenário naquele momento provocou a situação.
“Eles esqueceram de assinar o documento para discutir a matéria e eu que sou culpado. Eu respeito a decisão da bancada de não ir à Assembleia Itinerante, mas discordo. É bom lembrar que quando a decisão que tomo os (oposição) favorece sou aplaudido, quando acontece o contrário, não. Discordo que tenha descumprido o regimento. Eles é que não fizeram o caminho certo, comeram ´mosca´ mesmo. Mas o papel da oposição é esse mesmo”.
O líder da bancada governista, José Neto (PT), criticou a maneira da obstrução feita pela oposição. “Eles ficaram mais preocupados em obstruir pedindo verificação de quórum a cada 20 minutos que se esqueceram de se inscrever. Se eles fizessem a obstrução normal – utilizando o tempo que cada um tem para discutir os projetos – não teriam perdido esta oportunidade”.
O petista atesta que não houve atropelo. “A oposição não tem moral para falar isso. Até porque na semana passada rasgaram um acordo feito. Ameaçaram, ontem, arguir o projeto das gratificações dos professores caso fosse aprovado, pois, alegam, que não havia acordo”.
Sobre este caso, o líder governista dispara: “Esperarei que a oposição reflita sobre a retirada da dispensa de formalidade para este projeto que reflete o desejo dos professores. Faremos um estudo mais preciso sobre o assunto. Em caso de encontramos uma saída jurídica, aí permaneceremos, na semana que vem, dando continuidade a esse processo de votação. Eu não acho legal tomar posicionamento que prejudique aos professores com o atraso da votação de um acordo que se tornou importante projeto de lei”.