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Paulo Afonso (BA) - 10/06/2013

'Nunca abreviei vida de ninguém', diz acusada de mortes em UTI

Parana 247
Foto reprodução

A médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de induzir a morte de pacientes em uma UTI de Curitiba (PR), afirmou neste domingo (9) em entrevista ao programa Fantástico, da "TV Globo", que é inocente e que "apenas exerceu a medicina".

"Eu nunca abreviei a vida de ninguém. Eu só exerci a medicina, exatamente como tem que ser", disse. "Inocente ou culpado, depende de você agir errado e com má fé. Eu exerci a medicina."

Questionada sobre como achava que era vista pelos brasileiros, a médica respondeu que como "demônio".

Em relação às escutas telefônicas em que aparece dizendo, em tom debochado, que gostaria de "desentulhar" a UTI, a médica afirma que  o "desabafo foi uma infelicidade, porque o número de pedidos de vagas é extremamente alto".

Virgínia foi chefe da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba por sete anos. Desde que foi presa, em fevereiro, a médica foi afastada de suas funções no hospital e, hoje, permanece reclusa em casa a espera de julgamento.

Ela e outras sete pessoas do hospital são acusados por sete homicídios, em um processo que corre sob sigilo. Outras 334 mortes ocorridas de 2006 a 2013 estão sob investigação do Ministério Público.


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