Campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia tem o objetivo de identificar doentes renais e os locais onde vivem, para que sejam mais bem atendidos pelo serviço público de saúde.
A Secretaria de Saúde do município de Paulo Afonso - Região Norte da Bahia, em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), realizou na última segunda feira (20) no auditório do Hospital Nair Alves de Souza, uma "Manhã de Capacitação", cujo objetivo, segundo a médica nefrologista, Doutora Ana Elisabete foi esclarecer os profissionais atuantes no setor sobre os fatores de risco que eventualmente podem levar uma pessoa a desenvolver sintomas de uma doença renal.
Durante a palestra ministrada pela Doutora Ana Elisabete, dentistas, enfermeiros e nutricionistas adquiriram noções básicas de atendimento, avaliação e se necessário, encaminhamento destes pacientes para serem atendidos por um especialista. A campanha educativa "Previna - se" está sendo realizada em todos os postos de atendimento da rede municipal, onde os profissionais capacitados estão aptos a prestar esclarecimentos sobre as causas que podem provocar o desenvolvimento de uma doença renal, como: hipertensão, diabetes e má formação congênita. Os nefrologistas estão sugerindo a todos os médicos que peçam exame de creatinina no sangue e exame de urina para hipertensos e diabéticos e sempre incluírem esses exames ao solicitar um "check - up" para seus demais pacientes. Dessa forma, doenças renais poderão ser diagnosticadas mais precocemente, evitando - se ou criando - se a possibilidade de evitar a perda irreversível da função dos rins.
A palestrante explicou que embora não se tenha números exatos de doentes renais no Brasil, de acordo com o censo realizado em 2006 pela SBN, 97 mil pacientes convivem com o problema, com uma média estimada em 26 mil novos casos por ano. Destes, a maior parte faz sessões semanais de hemodiálise e uma pequena parcela já foi transplantada. -"A pretensão dessa campanha é obter números precisos de hipertensos, diabéticos e doentes renais, identificando estes pacientes e os locais onde vivem, para que possamos saber o que fazer para prestar um atendimento de melhor qualidade", completou Ana Elisabete.