"O horário de verão foi uma discussão do ano passado, quando voltou a ser adotado, portanto isso está mantido para este ano. Nós precisamos consolidar e depois avaliar, inclusive com a população. Eu creio e repito que a Bahia é parte do Brasil, que adota um horário, e eu creio que, mesmo com alguns sacrifícios, a gente tenha que acompanhar a decisão tomada por Brasília, pelo Governo Federal", argumenta o governador.
O estado voltou a participar do programa do governo federal no ano passado, depois de ter ficado sem participar por oito anos. Segundo o relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico, a Bahia economizou 105 megawatts em 2011, o que corresponde a 4,2% de toda a energia elétrica que seria consumida neste período.
Para a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), que defendeu a mudança, o novo horário deve ser mantido nos próximos anos. "A Bahia responde por 55%, aproximadamente, das exportações do nordeste e o mundo externo se relaciona com o Brasil tomando o horário de Brasília como referência. Então, todos os fatores são favoráveis do ponto de vista da atividade econômica pela adoção do horário de verão", afirmou o vice-presidente da Fieb, Reinaldo Sampaio, após o balanço divulgado em 2011.
A população, no entanto, discorda mais uma vez. "Terei que acordar ainda mais cedo e a economia não é tão representativa assim", afirmou o técnico em informática Jair Martins, em entrevista ao G1 Bahia. "Muda muito a rotina da família, para as crianças se adaptarem é bem complicado, porque tem horário de escola, ficam cansadas", reclama Neide Oliveira, dona de casa.