A deputada estadual Fátima Nunes (PT) foi eleita ontem como primeira vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A petista obteve 41 votos, superando os 32 necessários para ocupar o cargo. A votação teve 52 votos no total, com 2 nulos, 9 brancos e 11 ausências.
A eleição encerra o impasse interno protagonizado por um “bate chapa” entre Fátima Nunes e o deputado Júnior Muniz (PT), que vinha adiando a definição da vaga desde o mês de março. Na semana passada, Muniz afirmou estar sendo "vencido pelo cansaço" e alegou não conseguir comparecer à nova data da eleição devido a uma viagem. Ausente da sessão desta terça, ele não apresentou seu nome para a disputa.
Fátima Nunes assume a vice-presidência em eleição suplementar, após a deputada Ivana Bastos (PSD) assumir a presidência da ALBA interinamente. A vaga foi aberta após o afastamento do então presidente Adolfo Menezes (PSD) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do Governo Jerônimo Rodrigues na ALBA, deputado Rosenberg Pinto (PT), destacou a importância do consenso entre as bancadas para respeitar a proporcionalidade na composição da Mesa Diretora. "É um entendimento feito por esta Casa de respeitar a proporcionalidade, em uma combinação com todas as deputadas e deputados para elegermos a deputada Fátima Nunes como 1ª vice-presidente desta Casa", afirmou.
Eleição
A eleição suplementar foi convocada e conduzida pela presidente do Parlamento estadual, deputada Ivana Bastos (PSD), que celebrou muito a eleição de uma mulher como sua sucessora. “Com a eleição de Fátima, dos oito cargos da Mesa, três são ocupados por deputadas. Além dela, estou na presidência e Kátia Oliveira (União) na segunda Secretaria. Em 192 anos de existência do Legislativo baiano é quebra enorme de um tabu e de afirmação das mulheres no poder. E não é pelo poder em si, mas pelo simbolismo de romper com quase dois séculos de machismo, de ficarmos tanto tempo em plano secundário”, comemorou a presidente da ALBA.
Fátima Nunes está no sexto mandato de deputada estadual e foi indicada para a primeira vice pela Federação Brasil da Esperança – composta pelas bancadas do PT, PCdoB e PV – dentro do critério de proporcionalidade previsto no regimento interno da ALBA. Ela era líder do PT, função que deverá ser ocupada pelo deputado Marcelino Galo.
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