Por não terem sido correspondidos após pressionar o prefeito Marcondes Francisco por cargos e diversas benesses, boa parte dos vereadores que durante mais de três anos se beneficiaram apoiados nas tetas do governo, optaram deliberadamente por deixar de apoiar o governo, migrando para a chapa denominada de “sonho de Ícaro”, liderada pelo ex-vereador, pré-candidato a prefeito, Mário Galinho.
A medida firme e consciente do prefeito Marcondes, com efeito, desagradou a alguns destes vereadores que inconformados, optaram por migrar para partidos da base oposicionista, muitos deles sem praticamente nenhuma credibilidade aos olhos do eleitor, mas mesmo assim, acham que com a decisão de ter ido apoiar o ex-vereador retornarão ao parlamento municipal em 2025 em tapete esverdeado.
Em Paulo Afonso, a prática da política para a vereança adotou um novo perfil, onde os interesses pessoais estão acima do coletivo. Distribuição de medicamentos, rateio de verba partidária e o comércio de alianças, se transformaram na bola da vez.
O simples aspecto de estar apoiando o outro, não significa necessariamente dizer que a vitória esteja assegurada. Logo, a pergunta que não quer calar é: Vereadores tradicionalmente assistencialistas que durante todo esse tempo tiveram o passe supervalorizado, conseguirão se reeleger sem o apoio da máquina?
Resumo da ópera: Com o novo cenário, já tem gente com um olho no gato e outro no peixe, possivelmente arrependido de ter deixado o governo.