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Paulo Afonso - Bahia - 05/03/2023

Como esquecer Paulo Afonso ?

por Aníbal Alves Nunes
Divulgação

Como esquecer o "Papa Fila" e seu motorista Boi Véi, que levava e trazia alunos do SPI e Fazenda Chesf, fazendo batucada na chaparia daquele ônibus gigante e desembarcavam em frente às Casas Pernambucanas e na Igreja de Fátima?

Como esquecer das guaritas da Chesf, a principal, a da Rua D, a do Murilo Braga, a da Tapera, as do Moxotó e da SE3 no lado alagoano com seus guardas, os quais a criançada apelidava de "pivôs"?

Como esquecer os hotéis Tropical, São Francisco, Palace, Flórida, Globo, Guadalajara, Cacique, Belvedere?

Como esquecer o trampolim do balneário, o Paraíso, o CIEPA da Baixa Funda, a empresa Barros (de Manoel Barros de Freitas) antes da Vitran, o Posto Dois Irmãos no final da Getúlio Vargas, a fábrica de café e fubá Paulo Afonso de seu Dionísio Pereira?

Como esquecer a fábrica de Cajuína Escoteiro de Waldomiro atrás do Coliseu, a Padaria Nova, Panificadora Paulo Afonso de Cícero Lins, os restaurantes: Tropeiro, Tô à Tôa, Da Parada, Rei da Caça de Miguel do Bogó, Skinão, Guanabara?

Como esquecer o serviço de alto falantes Miramar de Salvino, nas vozes de Zé Rudival, Gilberto Leal e Odon e anos depois, chamada das cartas e "A Hora do Rei Roberto Carlos" com o locutor Luiz Martinelli?

Como esquecer o programa de calouros Coliseu show com Antônio Galdino, Nilson Brandão, Saul Camboim, Sandro Rogério, Djacy Silva, os saraus do Copa, CPA, CREIA e Olímpico, os jogos do Olímpico, Caveira e Redenção no Ruberleno?

Como esquecer Carlos Rodrigues e seu programa "Show da Tarde" na Rádio Poty de Roque Leonardo (ao lado do Posto Avenida)?

Como esquecer da distribuição de cestas básicas, bacalhau e dos shows nos aniversários dos Supermercados Pesqueira de Alonso Maciel que atraia milhares de espectadores?

Como esquecer de Gilberto Leal e sua veraneio de propaganda volante "A voz do povo" e dos Pastoris de Natal apresentados por ele e Edvaldo Santos nas igrejas locais?

Como esquecer do vereador de Glória, o pequeno grande homem, Abel Barbosa que emancipou Paulo Afonso e depois foi indicado duas vezes como seu prefeito?

Como esquecer Oscar Silva e Wilma Rodrigues, autores do hino da cidade, os professores Gilberto Oliveira, Formigli, Lindinalva Cabral, Noêmia, Olegário do supletivo, Gildo Lira, Lúcia Cordeiro, Katia, Zemira, América, Jocelina, Chico, Ivaldo, Salésio?

Como esquecer os médicos do Hospital Nair Alves de Souza e dos postos: Dr. Zezinho, Dr. Roque Manoel, Dr. Edson Teixeira, Alcione, Hemetério, Dra. Nélia, Dr. Gilvan, Dra. Francisca Barros?

Como esquecer Pedro Ferreira da Sacol, Zezito da Cibel, Edmar da Cinoc, Chico da Ental, Gilvo de Castro, Manoel da Manesa e outros empreiteiros?

Como esquecer o Sr. Neves do Banco Real, Romano do Banco da Bahia atual Bradesco, Antônio, João Abílio do Banco do Brasil?

Como esquecer os padres Mário Zanetta, Lourenço Tori, Alcides Modesto, distribuindo alimentos, construindo casas em mutirão para os pobres do BTN e outras comunidades, irmã Celina apoiando os idosos, cuidando da saúde dos carentes e irmã Rita ensinando artes no artesanato?

Como esquecer tenente Iran Barreto, Chefe da Guarda da Chesf com mais de 200 seguranças e seus assessores Pombinha, Enoque, Monteiro, Severino, Cordão?

Como não lembrar dos comerciantes: Santiago M. O. Lira, Salvador Xavier, Bacoca, Zuca do Moinho, Chiquinho da Casa Matos, Dona Noquinha, Noé Pires, Dona Risalva, José Gomes, dona Alzira, Dernival Oliveira, Dona Darcy, João de Brito, Sebastião Leandro, Otaviano Leandro, Alexandre Amâncio, Alonso Maciel, José Rudival, Antônio Exalto, Marotinho?

Como esquecer a Sala de Visitantes com Socorro Magalhães, seu João, seu Antônio e equipe recepcionando os turistas?

Como esquecer os cinemas Coliseu, Palace, São Francisco (centro) e Regina (BTN) implantados por José Rudival e os cinemas do Copa e CPA?

Como esquecer Roque Leonardo da Rádio Poty, Ratinho da Rádio Tupy, Antônio José Diniz da Rádio Cultura, Distribuidora Sedução e seu Nicolson dando brindes às crianças no Posto Oasis?

Como não lembrar de Paraíba discursando na tribuna livre da Getúlio Vargas, Saboriê gritando "olha o picolé menininho"!, seu Zé Poção dirigindo lentamente seu caminhão para as feiras de Santa Brígida?

Como esquecer os nossos cantores: Gilmar Melo, Isac, Oscar Silva, Jailson Baiano, Carlinhos Trepidação, Severino Bica, Leonan, Zé Ivan, Manoel França, Edemir Rodrigues, Jairo, Mizael Leléo, Fernando Menezes, Bernadete Goiana, Gutemberg, Francisco Feitosa, Aroldo Silva, Antônio Ferrageiro, Zé Luiz, Ivo de Paula, Arailton, Erivelton, Robson, Rosângela, Márcia, Edinilza, Fátima, Laércio?

Como esquecer as bandas: Dissonantes, Satélites, Nova Viagem, A Cor do Som, Neon, Cipó, Ellos, Mathéria Prima, Ave Rara, Forró Desarmado, Banda Shock, Puro Amor, Banda Love, Grupo Jovem, The Britos, The Elétrons Seven e os sanfoneiros Deca e Enock?

Como esquecer os chafarizes da Poty, a feira e o mercado na rua do Gangorra (atual Uneb), a feira grande que lotava a Rua da Frente e outras ruas até a Libanesa e das sorveterias Polimar e Botijinha?

Como esquecer o muro de pedra que cerca todo o acamp;amento Chesf com várias guaritas, inclusive nos lados de Alagoas e Pernambuco?

Como esquecer o "Mangaratiba" que por muitos anos funcionou na feirinha com suas boates e cabarés até o dia que a justiça mandou a polícia e o exército demolir e desativar tudo?

São tantas histórias maravilhosas que não cabe num só programa, num livro de poucas páginas. Parabéns minha amada cidade!

 


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