Depois do processo de judicialização da lista tríplice para a escolha do seu novo reitor, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) poderá passar por nova polêmica. O protagonista é o atual reitor pro tempore, Julianeli Tolentino, que comandou a instituição entre os anos de 2012 e 2020.
A questão se remete a um Termo de Execução Descentralizada (TED) para a aquisição de medicamentos para o Hospital Universitário (HU) em 2014, época em que Julianeli era o reitor. A unidade médica passou a ser gerida pela Univasf há pouco mais de 10 anos.
Este Blog teve acesso a um ofício enviado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), no ano passado ao então pró tempore Paulo César Fagundes, pelo qual o Comitê Interno de Gestão do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF) delibera pela reprovação do cumprimento do objeto pactuado pela TED, cujo valor é de mais de R$ 6 milhões.
Em virtude disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) intimou a Univasf a abrir processo contra Julianeli por supostos desvios de recursos do HU. Ocorre que, na mesma semana em que o TCU determinou essa medida, o atual ministro da Educação, Camilo Santana, nomeou Julianeli para o cargo que vinha sendo ocupado por Paulo César Fagundes. O atual pro tempore da Univasf já responde a um processo em 2015, por supostas irregularidades no processo de chamamento público no qual saiu vencedor o Instituto de saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que administrou o HU até a chegada da EBSERH.
Resposta
Procurada pelo Blog, a assessoria de Julianeli ressaltou que o reitor Pro Tempore da Univasf disse não ter recebido até a presente data nenhuma intimação do TCU a respeito de qualquer denúncia de desvios de recursos no HU-Univasf. Quanto ao processo anterior, este já se encontra arquivado.