(Meu amarelo e preto, meu time do peito, meu velho Ypiranga). Qualquer um que acompanha o futebol já ouviu o hino do aurinegro baiano, composto por Walter Queiroz. O clube completa 116 de fundação nesta quarta-feira (7). A agremiação é dona de 10 títulos baianos (1917, 1918, 1920, 1921, 1925, 1928, 1929, 1932, 1939 e 1951) e perde apenas para Bahia e Vitória. Atualmente, a equipe é um “gigante adormecido”. Desde 2016 não joga competições profissionais, quando disputou a Série B do Campeonato Baiano daquele ano.
Criado por jovens operários, o Ypiranga nasceu em 7 de setembro de 1906 e contou majoritariamente com pessoas de classes populares em seus quadros. Naquela época, o futebol era voltado para as elites e brancos. Poucos negros podiam praticar o esporte. E o “Mais Querido” ganhou notoriedade por dar um “chute” no preconceito.
Popó é o maior ídolo do clube
O meia Apolinário Santana, mais conhecido como Popó, é o maior ídolo do Ypiranga e faturou dois títulos baianos. Ele defendeu o clube entre as décadas de 20 e 30. Além da técnica apurada, o craque também era polivalente e atuava em todas as posições.
Nas arquibancadas, o Ypiranga contou com torcedores ilustres como o escritor Jorge Amado e Santa Dulce.
A Vila Canária, CT e estádio do Ypiranga, passa por reformas, após um acordo com o Governo da Bahia (relembre aqui). A expectativa é que praça esportiva seja entregue até o fim do ano e fique apta para abrigarjogos a partir da próxima temporada.
O Ypiranga é presidido atualmente por Valdemar Filho. A diretoria tem planos para retornar ao futebol profissional em 2023.