Perdeu feio quem apostou que o título de maior duelo político da Lavagem do Bonfim deste ano ficaria para a disputa de petistas e democratas ou para a corrida interna de Geddel Vieira Lima (PMDB) e Paulo Souto (DEM) pela vaga de candidato da oposição. Pela tensão evidente e o tom das declarações, o prêmio ficou para a batalha travada entre o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), e o deputado federal Mario Negromonte (PT) em torno da vaga de vice na chapa de Rui Costa (PT). Na guerra, coube a Nilo o tiro de maior barulho. "O governador é o técnico, ele vai decidir quem escalar. Mas, se você tem um Neymar, não vai escalar um Zé Mané". Ao perceber o tom da declaração, tentou corrigir. "Eu não sou o Neymar, me expressei mal. Sou apenas um jogador com 24 anos de experiência". Mais polido, Negromonte também disparou: "Amizade e discurso não decidem nada. É preciso densidade eleitoral e tamanho de partido". Para esfriar os ânimos, Jaques Wagner decretou: "Decisão sobre vice, só em março".
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