Certo odontólogo de uma cidade próxima resolveu ser candidato a vereador. Alguns dias antes da eleição fez as contas e entre extrações e outro procedimentos dentários tinha atendido duas mil e quinhentas pessoas de graça. Como com 800 votos se elegia um vereador naquela época, o fulano se dava como eleito. As urnas ainda iam ser abertas e já dava entrevista como vereador eleito. Quando começou a contagem dos votos só dava zero. E para lhe deixar mais irritado viu uma cabo-eleitoral com a camisa de outro candidato. Perdeu. Outro dia o fulano estava no seu consultório, quando chega a dita cabo-eleitoral pedindo uma dentadura, que tinha perdido a antiga. O odontólogo estufou o peito e respondeu bufando: “grana na frente minha filha, ou se prepare para comer papa o resto da vida, não ponho um dente de graça na sua boca”. Bateu a porta e nunca mais quis ouvir falar em ser candidato.