Apenas 5% dos 417 municípios baianos são atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Atualmente a Bahia encontra-se no 22º lugar entre as 27 unidades da Federação neste quesito. Em relação ao efetivo, o Estado está na 11ª posição, com cerca de 2.200 militares, mas ocupa a penúltima posição na cobertura perdendo apenas para Piauí. Durante o encontro que reuniu autoridades e representantes do Instituto Movimenta Salvador, foi apresentado um estudo de requalificação, valorização e desenvolvimento do Corpo de Bombeiros do estado. O evento aconteceu na sede da Federação das Indústrias do estado da Bahia da (FIEB).
Uma das questões apontadas pelo diretor geral do Movimenta Salvador, Aldo Ramon Almeida, o problema da deficiência está relacionado ao fato do Corpo de Bombeiros, assim como os de outras cidades a exemplo do Rio Grande do Sul estar diretamente subordinado à Polícia Militar. Ele destacou ainda que a complexidade cada vez maior gerada pelo uso intensivo das áreas urbanas tem exigido um intenso processo de especialização das atividades de prevenção e combate a incêndios.
Neste sentido, ele explicou que o governo, as empresas e a sociedade civil organizada procuram se mobilizar vigorosamente sobre o assunto, principalmente no encaminhamento e realização de ações preventivas de qualidade que permitam evitar incidentes mais graves no futuro. “Esta é a contribuição do Instituto, que tem como propósito promover o desenvolvimento econômico e social sustentável de Salvador”, explicou.
Os serviços voluntários que já ocorrem em diversos países na realização de atividades básicas foi destacado como uma das formas de aumentar a segurança contra incêndios.
Outro entrave abordado pelo diretor foi à ausência de um marco regulatório como a instituição de um Código de Prevenção de Incêndio e Pânico na Bahia para um melhor ordenamento jurídico dos casos. “É fundamental que a Prefeitura também demonstre mais esforço com profissionais habilitados”.
A falta de informação sobre as ocorrências de incêndios no país também é bastante crítica. Para sanar essa carência, na Bahia o projeto sugere a criação da agência com profissionais experientes para servir como base para as funções de regulação, mediação e correição quanto à atuação do Corpo de Bombeiros no cumprimento das suas atividades.
Outra sugestão contida no projeto é a certificação passar a ser obtida pelos empreendimentos novos e antigos, que solicitarão às instituições privadas previamente credenciadas na Agência Estadual de Segurança Contra Incêndio, uma inspeção periódica em suas instalações visando atestar se estas estão atendendo as condições normativas e legais.