Com a rapidez de um felino, a Câmara de Vereadores de Santa Brígida definiu, a remuneração da próxima legislatura e dos dirigentes do Poder Executivo a partir de janeiro. Legalmente, nada a reparar: aplicou-se a legislação vigente, que determina a correção desses valores a cada quatro anos. Dessa maneira, o futuro prefeito de sobrenome Raimundo inicia o ano Gordo fazendo jus ao seu nome inicial recebendo R$ 12.200,00 mensais (bruto), o seu vice (Cirineu) R$ 6.400,00, enquanto os vereadores saem de R$ 2.000, 00 para R$ 4.600,00. Esses reajustes são sempre controversos, devido à tramitação sumária e à inevitável comparação com o que é pago à maioria da população R$ 622,00 que passará a R$ 674,95, em 2013.
A bem da verdade, cabe registrar que sobre os valores acima referidos incidem descontos significativos: 27,5% de imposto de renda; cerca de 10% de previdência social; e a fatia partidária, que chega a 10% do salário. Agora, compete à opinião pública fiscalizar a contrapartida desse pagamento nada desprezível em termos de serviços à população. Talvez seja esse o aspecto principal a ser observado daqui por diante.
Em Santa Brígida e na maioria das câmaras municipais, acontece uma sessão semanal. Em várias, essas sessões são quinzenais ou mensais. Até mesmo em Paulo Afonso a 'semana parlamentar' se limita, via de regra, a uma sessão semanal, com duração quase sempre inferior a três horas. Com essa limitação na atuação, o Legislativo deixa a desejar em suas atribuições elementares: discussão dos problemas da comunidade; revisão ou elaboração da legislação municipal; e a fiscalização do Poder Executivo.
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