Bastidores

Paulo Afonso (BA) - 10/07/2011

O sapo, o escorpião e a oposição

Bob Charles DRT/BA 3.913

Observando o comportamento da oposição  pauloafonsina, eu lembrei bastante uma conhecida fábula que versa sobre um sapo e um escorpião.

A fábula é mais ou menos assim:

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio e fez um pedido:

- Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?

O sapo respondeu:

- Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar.

Disse o escorpião:

 - Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.

Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e o levou nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. 

No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.

Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:

- Por quê? Por quê?

E o escorpião respondeu:

 - Por que sou um escorpião, e essa é a minha natureza.

Vendo as brigas internas na oposição, a gente pode concluir que há muitos escorpiões, loucos para dar a ferroada certeira e mortal.

É da natureza deles soltarem venenos uns contra os outros.

É uma turma que pretende abrir espaço com ferroadas, cotoveladas, dedos nos olhos e chutes na canela.

O que se vê dentro da oposição de Paulo Afonso é um saco vazio de propostas, mas recheado de interesses individuais.

Curiosamente, os interesses afloraram porque passaram a acreditar que será fácil ganhar a prefeitura de Paulo Afonso nas eleições do ano que vem.

A história tem demonstrado que não há nada fácil na política.

Os adversários dos oposicionistas não são presas fáceis e não têm a ingenuidade do sapo.

O povo também não pode ser visto como o sapo, que ajudará os escorpiões a fazerem a travessia.

Por fim, é bom destacar que o escorpião matou o sapo, mas, como não sabia nada, também morreu afogado.

Outra característica do escorpião é que, quando pressionando, crava o próprio ferrão em si. É mais ou menos o que acontece com a oposição de Paulo Afonso. 

Fila de lotérica

A euforia e a autoconfiança dentro da oposição sobre o processo eleitoral de 2012 são muito semelhantes à do apostador que entra na fila para jogar na Mega-Sena e começa a fazer planos sobre o que faria se ganhasse o dinheiro. A diferença na política é que ela não depende da sorte.


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