Observando o comportamento da oposição pauloafonsina, eu lembrei bastante uma conhecida fábula que versa sobre um sapo e um escorpião.
A fábula é mais ou menos assim:
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio e fez um pedido:
- Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?
O sapo respondeu:
- Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar.
Disse o escorpião:
- Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e o levou nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê? Por quê?
E o escorpião respondeu:
- Por que sou um escorpião, e essa é a minha natureza.
Vendo as brigas internas na oposição, a gente pode concluir que há muitos escorpiões, loucos para dar a ferroada certeira e mortal.
É da natureza deles soltarem venenos uns contra os outros.
É uma turma que pretende abrir espaço com ferroadas, cotoveladas, dedos nos olhos e chutes na canela.
O que se vê dentro da oposição de Paulo Afonso é um saco vazio de propostas, mas recheado de interesses individuais.
Curiosamente, os interesses afloraram porque passaram a acreditar que será fácil ganhar a prefeitura de Paulo Afonso nas eleições do ano que vem.
A história tem demonstrado que não há nada fácil na política.
Os adversários dos oposicionistas não são presas fáceis e não têm a ingenuidade do sapo.
O povo também não pode ser visto como o sapo, que ajudará os escorpiões a fazerem a travessia.
Por fim, é bom destacar que o escorpião matou o sapo, mas, como não sabia nada, também morreu afogado.
Outra característica do escorpião é que, quando pressionando, crava o próprio ferrão em si. É mais ou menos o que acontece com a oposição de Paulo Afonso.
Fila de lotérica
A euforia e a autoconfiança dentro da oposição sobre o processo eleitoral de 2012 são muito semelhantes à do apostador que entra na fila para jogar na Mega-Sena e começa a fazer planos sobre o que faria se ganhasse o dinheiro. A diferença na política é que ela não depende da sorte.
Fonte/Autor: Bob Charles DRT/BA 3.913