PAULO AFONSO- Há pouco, os vereadores do dito Centrão, Márcia Goretti (Mobiliza), Deivide Henrique (Avante) e Marquinhos (Progressistas) – lembrando que o Centrão tem mais membros – reagiram à falta de transparência e, segundo a palavra de ordem do grupo, “humanidade” do prefeito Mário Galinho (PSD) para com a população, especialmente àqueles que procuram assistência de Saúde.
Os três foram à pasta da Saúde, depois de muitas tentativas de diálogo com a gestão, e, segundo o desabafo de um deles, “humilhação”. “Concorri a uma vaga para representar a minha comunidade e o povo de Paulo Afonso e não para ser humilhado por prefeito, ele tem a função dele, eu tenho a minha, preciso ir ao socorro das pessoas e não vou mais aceitar isso”, disse um dos integrantes do Centrão que, até ontem, não conseguia mais dormir, e arremata: “Agora posso dormir tranquilo.”
Vamos ao relato de um interlocutor do Painel, presente à cena de há pouco, na Secretaria de Saúde:
Um verdadeiro escândalo tem revoltado a população e mobilizado vereadores da base e da oposição. Pacientes que procuraram a Secretaria de Saúde em busca de atendimento tiveram seus direitos negados, o que gerou uma grande mobilização na Câmara Municipal.
Diante do descaso, os pacientes recorreram aos vereadores para denunciar a situação. Ao tomarem conhecimento do caso, parlamentares de ambos os lados se uniram e foram até a Secretaria de Saúde exigir explicações. Entre os vereadores que pressionaram por esclarecimentos estão Deivide Henrique (oposição), Márcia Gorette (situação) e Marquinhos de Zezinho (situação).
O caso que mais chocou foi o de uma paciente do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que teve negado seu direito à hospedagem na Pousada e à passagem para realizar tratamento médico em Salvador. Segundo legislação vigente, esse tipo de apoio é um direito garantido aos pacientes que necessitam se deslocar para receber atendimento especializado fora de seu município. A negativa do benefício representa uma grave violação aos direitos dos pacientes e um claro sinal de desorganização na gestão da saúde.
A revolta se espalhou e a pressão aumentou para que a Secretaria de Saúde se pronuncie sobre as razões desse tratamento desumano. A população aguarda uma resposta urgente, enquanto cresce o clamor por uma investigação sobre a conduta da gestão da saúde municipal.
A pergunta que fica é: até quando os cidadãos terão seus direitos violados sem consequências para os responsáveis?