Política

Paulo Afonso - Bahia - 09/01/2025

Bastidores: por trás do golpe na oposição está a falência generalizada de alguns vereadores

Ivone Lima (PAINEL)
Divulgação

PAULO AFONSO– A Mesa Diretora da Câmara Municipal aplicou um golpe na oposição, diminuindo brutalmente o valor destinado à liderança de minoria.

O projeto aprovado com a força do vereador conhecido como “pavão”, passou, nesta segunda (06/jan), em sessão extraordinária, na qual, fizeram vista grossa para o que manda o Regimento Interno, segundo o qual, sessão extraordinária trata unicamente de um projeto, e esta, o governo convocou para que fosse aprovada a reforma administrativa.

A reforma passou com 14 votos a 3. Eis que, a Mesa Diretora ensejou a rapina na verba dos irmãos da oposição.  Ficou claro que, para o presidente da Casa, Zé de Abel (PSD), onde passa o boi, passa a boiada, especialmente se o assunto é dinheiro no bolso dos vereadores.

Classificado de “sacanagem” e “palhaçada”, Zé não estava nem aí para àqueles que, há menos de duas semanas, lhe puseram de novo no meio da Mesa Diretora. Ou voto perdido, em!

Não se pode esquecer que a Mesa Diretora aprovou 5 mil reais de aumento no subsídio deles, do vice-prefeito e secretariado municipal em apenas 12 segundos, um recorde mundial. Ou por outra: Zé de Abel é uma espécie de Usain Bolt quando o assunto é mexer no pirão da Câmara.

 

O drama da falência: a sofreguidão por mais e mais recursos, passando por cima de colegas inclusive, se explica pelas dívidas acumuladas durante a campanha. Vão desde achaques de agiotas ameaçando tomar até as roupas que vestem ao endividamento de parentes que torraram o que tinham para não verem a derrota do político.  Mesmo o aumento e, agora, esse troco da verba de liderança serão capazes de reverter o B.O.

“Estamos falando de muito dinheiro, compreende?”, comenta ao Painel, um assessor de um parlamentar na condição de anonimato. “Além do que, o prefeito [Galinho-PSD] está trancado na prefeitura e ninguém sabe se ele vai aliviar dando emprego as dezenas – alguns são centenas – de cabos eleitorais dos parlamentares. A conversa com o prefeito não é bonita”, resume a fonte.

Mais: a lua de mel entre vereadores e prefeito, resta claro, dura até o dia em que o chefe do Executivo começar as nomeações. “Aqui tem vereador que não atende mais ao telefone. É só bronca e pedido de emprego”, prossegue a fonte.

De resto, não há mais nem a vontade de fingir, por parte da bancada de maioria, algum respeito ao Regimento da Casa, ou, passar um verniz de Poder autônomo. A reforma administrativa do governo foi aprovada sem que alguns vereadores soubesse do que se tratava.  Foi um atropelo não apenas na oposição, mas na dignidade de certos políticos que, já sabem, se despendem da cadeira nesse mandato.

 

 

 


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