Atitudes que dispensam explicações, mas não indignação. A Câmara de Paulo Afonso deu um golpe moral na população ao aprovar um reajuste salarial absurdo, inflando seus bolsos enquanto o povo mal consegue respirar diante de tantos problemas. E como se a afronta não bastasse, surge o disparate: "17 mil é pouco, o ideal seriam 25 mil."
Enquanto isso, o lixo domina as ruas, símbolo vivo de uma cidade à deriva. No Executivo, a omissão é maquiada com desculpas rasas. A saúde? Um caos: hospitais sucateados, exames empilhados, funcionários e fornecedores sem pagamento. Mas dinheiro não falta para a aprovação silenciosa de 60 milhões de reais, sem debate ou transparência, deixando no ar o mistério sobre seu destino.
A cidade não tem iluminação, e não é apenas pelas contas atrasadas: o futuro de Paulo Afonso parece apagado por uma gestão que troca responsabilidade por retórica. Quando questionados, a justificativa vem pronta: "É apenas um momento difícil." Difícil é a população suportar tanto descaso.
O povo pede respostas, mas o que recebe são decisões que só beneficiam quem deveria representá-lo. Em Paulo Afonso, o "momento difícil" é, na verdade, o resultado de uma gestão falha e um Legislativo autossuficiente, desconectado da realidade.