Milhares de prefeitos, incluindo de cidades do norte da Bahia, Macururé, Abaré e Glória, cumpriram a promessa de fechar as portas das prefeituras nesta quarta-feira, em protesto contra a forma com que o governo do petista Lula distribui os recursos que arrecada do cidadão através de impostos.
As principais causas da paralisação foram a queda nos valores do Fundo de Participação dos Municípios e o atraso das emendas parlamentares.
Além disso, a maioria dos prefeitos reclama que o governo e o Congresso criam despesas obrigatórias sem dar aos municípios meios para arcar com elas.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios, o movimento saiu do Nordeste, onde havia começado na semana passada, e atingiu cidades em 16 estados.
Nas redes sociais, dezenas de prefeitos dizem que votaram em Lula, mas se arrependeram porque com Bolsonaro eram mais respeitados, tinham mais verbas e suporte.
A choradeira dos prefeitos arrependidos foi ironizada por centenas de internautas. Eles lembraram que os prefeitos sabiam o que Lula tinha feito nas gestões passadas, conheciam o mensalão, o petrolão e as propinas da Obdebrecht.
Além disso, Lula está fazendo justamente o que ameaçava durante a campanha: inchar o estado, aumentar impostos e gastar sem limite.
Independente das gozações, os prefeitos, de todos os lados políticos, estão empenhados em pressionar o governo para que as emendas sejam liberadas com rapidez e o FPM seja aumentado.
O problema é que a queda da economia reduz a arrecadação do imposto de renda e do IPI, justamente a base do FPM.
A CNM diz que é preciso achar uma solução, porque “os municípios vivem uma crise estrutural”, com o número de prefeituras endividadas explodindo de 7% para 51% neste primeiro ano da gestão do petista Lula.
"Os prefeitos podem ser enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal por gastar mais do que arrecadam".
Na Bahia, o prefeito de Irecê, Elmo Vaz (PSB), declarou que a UPB repassou dados de que mais de 50 % das prefeituras paralisaram as atividades.
“Em Irecê, a prefeitura só está atendendo emergências de saúde, além dos serviços de limpeza, coleta de lixo e o setor de tesouraria, que não podem paralisar”.