Política

Paulo Afonso - Bahia - 01/09/2023

Prefeitos se arrependem, mas sabiam

Agência Brasil
Divulgação

Milhares de prefeitos, incluindo de cidades do norte da Bahia, Macururé, Abaré e Glória, cumpriram a promessa de fechar as portas das prefeituras nesta quarta-feira, em protesto contra a forma com que o governo do petista Lula distribui os recursos que arrecada do cidadão através de impostos.

As principais causas da paralisação foram a queda nos valores do Fundo de Participação dos Municípios e o atraso das emendas parlamentares.

Além disso, a maioria dos prefeitos reclama que o governo e o Congresso criam despesas obrigatórias sem dar aos municípios meios para arcar com elas.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios, o movimento saiu do Nordeste, onde havia começado na semana passada, e atingiu cidades em 16 estados. 

Nas redes sociais, dezenas de prefeitos dizem que votaram em Lula, mas se arrependeram porque com Bolsonaro eram mais respeitados, tinham mais verbas e suporte.

A choradeira dos prefeitos arrependidos foi ironizada por centenas de internautas. Eles lembraram que os prefeitos sabiam o que Lula tinha feito nas gestões passadas, conheciam o mensalão, o petrolão e as propinas da Obdebrecht.

Além disso, Lula está fazendo justamente o que ameaçava durante a campanha: inchar o estado, aumentar impostos e gastar sem limite.

Independente das gozações, os prefeitos, de todos os lados políticos, estão empenhados em pressionar o governo para que as emendas sejam liberadas com rapidez e o FPM seja aumentado.

O problema é que a queda da economia reduz a arrecadação do imposto de renda e do IPI, justamente a base do FPM.

A CNM diz que é preciso achar uma solução, porque “os municípios vivem uma crise estrutural”, com o número de prefeituras endividadas explodindo de 7% para 51% neste primeiro ano da gestão do petista Lula.

"Os prefeitos podem ser enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal por gastar mais do que arrecadam".

Na Bahia, o prefeito de Irecê, Elmo Vaz (PSB), declarou que a UPB repassou dados de que mais de 50 % das prefeituras paralisaram as atividades.

“Em Irecê, a prefeitura só está atendendo emergências de saúde, além dos serviços de limpeza, coleta de lixo e o setor de tesouraria, que não podem paralisar”.



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