Pode-se reclamar, chiar, protestar sobre já temos gente demais, em todos os estágios dos poderes, mas lei é lei. Está na Constituição e ela, infelizmente, dá este “agrado” à classe política, embora, claro, ignore o que os eleitores e as comunidades pensam sobre o assunto.
Em Paulo Afonso, a Câmara tem 15 vereadores. Poderia ter 17, já que o número de vereadores é relacionado diretamente com a população. A cidade, com mais de 119.213 mil habitantes, já poderia ter até 17 cadeiras, ao invés das 15 que tem atualmente. Se não o fez ainda, tem tempo hábil para fazê-lo. Ou seja, já na eleição de outubro de 2024, Paulo Afonso pode aumentar suas cadeiras no parlamento Nos bastidores a medida já recebe críticas da população.
No geral, é muito vereador, bons salários e, reservadas todas as honrosas exceções, pouco trabalho de dedicação aos problemas dos cidadãos e cidadãs. Basta sair às ruas e perguntar às pessoas, em qualquer município brasileiro, se elas concordam com mais vereadores do que já tem.
O total de respostas contrárias será de 100 por cento. Haverá ainda os que vão pedir que, ao invés de aumentar, que se diminua o número atual.
Por justiça, há que se destacar que, em todas as Câmaras, há vereadores dedicados, que sujam o sapato nos bairros, que exigem que a sua Prefeitura resolva os problemas da cidade. Mas, no geral, há pouco resultado, pouca fiscalização do Executivo e muitos acordos políticos. Afinal, as Câmaras são exemplos em miniatura do que são as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional.