Esse ano a Bahia tem um eleitorado de 11.291.528 votos. Já Paulo Afonso tem 87.792 eleitores. Até hoje (11/08), o estado já possui 653 candidatos a Deputado Estadual, sendo 32 candidatos à reeleição, para 63 vagas; e 556 candidatos a Deputado Federal, desses 24 candidatos à reeleição, disputam 39 vagas. Os registros das candidaturas vão até o dia 15/08. Ou seja, mais da metade das cadeiras tem pretensos candidatos reeleitos. Essa eleição na Bahia registra o maior número de candidatos a esses cargos.
Teremos candidatos da terra da energia disputando vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Os candidatos, a Deputado Estadual são: Paulo Rangel-PT, Mário Galinho-PSDB, Luíza de Deus-PP, Marconi Daniel-PV , Ana Clara Moreira-MDB e Maria Hélia-PSC; e o Deputado Federal Mário Negromonte Júnior-PP e Evinha Oliveira-Solidariedade; desconheço outros.
Sabe-se que para alcançar umas das cadeiras no parlamento federal e estadual deve se ter uma ótima densidade eleitoral em nível estadual, devido à capilaridade de candidatos e a concorrência muitas vezes desleal.
Os únicos candidatos à reeleição de Paulo Afonso são: Paulo Rangel e Mário Negromonte. Evinha Oliveira ganhou destaque na liderança da oposição na Câmara Municipal, quiçá, insuficiente para uma estreante, que disputa uma eleição da envergadura da Câmara Federal. Mas teve uma boa estratégia, vez que não vai dividir os poucos votos com demais candidatos a Deputado Estadual, e ainda nessa disputa, ajudará sua tia Maria Hélia-PSC.
Mário Galinho obteve na eleição de 2018, como Deputado Estadual, 8.618 votos, quando ainda era Vereador e teve votação expressiva de 22.210 votos nas eleições municipais, em 2020. Ficou a 805 votos do candidato eleito, diferença apertada para quem estava disputando a sua primeira eleição majoritária com um candidato à reeleição. O Galinho é um dos favoritos à eleição na ALBA.
Todos os demais candidatos ao parlamento estadual são neófitos nessa disputa. Luíza de Deus-PP, marinheira de primeira viagem, contará com o apoio político do grupo de sustentação do atual governo municipal, por coincidência tem seu avô como alcaide. Mas isso não é o bastante, pois em 2018 Anilton contava com três mandatos de prefeito, apoio do governo municipal e saiu derrotado, o que refletiu no seu insucesso também nas eleições municipais de 2020. Além disso, as enquetes e conversas nos “senadinhos” apontam uma rejeição altíssima ao atual governo local.
O Vereador Marconi Daniel-PV cortou o cordão umbilical com Anilton-MDB, seu mentor, e disputará pela primeira vez uma vaga na ALBA. Se com o apoio de Anilton Bastos já era difícil, imagine agora que o ex-prefeito lançou sua esposa, Ana Clara-MDB, para concorrer a uma cadeira da Assembleia. A ex-primeira-dama e candidata conta com a transferência de votos de seu marido, o que certamente não acontecerá na totalidade, segundo as estatísticas.
Com a separação de Ana Clara e Marconi, eles irão dividir o que sobrou dos 12.074 votos que Anilton teve em 2020 para prefeito, quando ficou em terceiro na disputa.