Economia

Paulo Afonso - \Bahia - 12/06/2022

Comércio de Paulo Afonso aposta em bom resultado em junho com vendas para o período junino

Por Washington Luís
Foto: Divulgação

Depois de dois anos sem as tradicionais festas juninas, por conta da pandemia de Covid-19, os pauloafonsinos vivem dias de expectativa para a volta do são João e do São Pedro. Historicamente, os dois eventos sempre atraíram centenas de pessoas de todas as cidades da região, com destaque para o São Pedro do BTN, famoso por trazer grandes atrações e gêneros musicais diversificados.

O recuo dos casos da doença na Bahia motivou o Governo do Estado a autorizar a realização da festa nos 417 municípios baianos. Com a movimentação esperada pelo comércio, estima-se que a receita do estado receba um total de mais de um bilhão de reais.

Em Paulo Afonso, excepcionalmente este ano, alegando falta de recursos financeiros, a Prefeitura vai realizar uma programação diferente, animada basicamente por artistas locais. O anúncio feito no início de maio pelo secretário de Cultura e Esporte, Val Oliveira, dividiu opiniões: para alguns, a festa vai ser um fracasso, mas há quem acredite que será uma oportunidade para os artistas da terra mostrarem que têm talento.

O empresário Francisco Rodrigues Neto acredita que, apesar da evasão de pessoas para outras cidades da região, o São João de Paulo Afonso não será totalmente penalizado. Para ele, será um teste para que, nos anos seguintes, os artistas pauloafonsinos sejam mais valorizados do que sempre foram.

“É natural que a maioria das pessoas se desloque para outras cidades, por conta da programação, mas, Paulo Afonso possui uma excelente vitrine artística, e com certeza, nossos artistas farão uma festa bonita e prestigiada pelo público da cidade. Além disso, será uma oportunidade para eles mostrarem sua capacidade de animar uma grande festa”, almeja. 

Faltando poucos dias para o início das festividades, o empresário observa a ausência da ornamentação das ruas, que segundo ele, atrai os clientes ao centro comercial. Mas ainda assim, espera-se que as vendas no período junino, comprometidas nos dois anos de pandemia, registrem um crescimento significativo, uma vez que, até mesmo as pessoas que pretendem se deslocar para outras cidades, devem fazer suas compras no comércio de Paulo Afonso.

“Graças a Deus, nós estamos saindo do momento pandêmico, e a expectativa é de que, mesmo sem uma festa de grande volume, como nos anos anteriores, o comércio tenha um fluxo maior do que nos últimos dois anos. Muitas pessoas devem prestigiar a festa em outras cidades da região que já anunciaram suas programações, mas isso não deve comprometer as vendas do nosso comércio, porque quem vai viajar, comprar a roupa e o calçado aqui”, observa. 

Sobre o impacto negativo da pandemia, Chico da Rio Malhas considera que foi um período devastador, quando os pequenos empresários sofreram mais, e alguns não suportaram e tiveram que encerrar suas atividades. Porém, os que dispunham de estrutura melhor conseguiram sobreviver, e aos poucos estão se reerguendo.

“Foi um impacto muito forte, sobretudo em 2020, no início da pandemia, porém, para quem tinha uma estrutura relativamente forte e um bom relacionamento com fornecedores e instituições financeiras, foi possível se manter, apesar das dificuldades. Infelizmente, nem todos suportaram o baque”, conclui.

Há 40 anos atuando no comércio de Paulo Afonso, o pernambucano de Arcoverde diz que se orgulha em contribuir com o crescimento da cidade que escolheu para instalar suas empresas. Juntas, as três lojas do grupo geram 28 empregos fixos, além das contratações temporárias realizadas em períodos festivos.



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