Política

Paulo Afonso (BA) - 11/11/2010

Lídice e César entram nas apostas para ministérios

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Lúcio Távora/Agência A TARDE
Lídice nega ter recebido convite para participar da equipe de Dilma: “É especulação”
Lídice nega ter recebido convite para participar da equipe de Dilma: “É especulação”

Enquanto os coordenadores de transição do governo Dilma Rousseff se reúnem com os representantes dos partidos aliados, mantém-se em alta a bolsa de apostas em torno de nomes para ocupar ministérios. Dois baianos passam a integrá-la: a deputada federal e senadora eleita Lídice da Mata (PSB), para o Ministério do Turismo, e o senador César Borges (PR), para a pasta dos Transportes.

Por ora está tudo no terreno das especulações, já que somente depois de tomar posse, em janeiro, a presidente eleita irá anunciar os integrantes de seu governo.  Comenta-se que Jaques Wagner (PT), governador do Estado onde Dilma chegou a 70% dos votos no segundo turno, teria se credenciado a indicar aliados para cargos importantes.

Os "ministeriáveis" negam. "Sou senadora pela Bahia e busco me preparar para cumprir meu mandato. Não fui convidada para ser ministra. É tudo especulação", avisa Lídice. A deputada foi presidente da Comissão de Turismo da Câmara e prefeita de Salvador. A pasta anda com cotação alta, já que o País se prepara para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, o que deve trazer um fluxo turístico inédito, além de alto volume de recursos para investimentos no setor.

Mas o PTB também estaria de olho no Turismo: após uma reunião com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) teria defendido o nome do ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro (PTB-MG). Hoje, o titular da pasta é Luiz Barretto (PT), mas já esteve com o PTB, encabeçada por Walfrido Mares Guia (2003-2006).

Pesa a favor do nome de Lídice, no entanto, uma singela exigência da presidente eleita: quer um terço de sua equipe, ou seja, 11 dos 34 ministérios, ocupados por mulheres. O senador César Borges também nega a indicação de seu nome para o Ministério dos Transportes. "Não tenho essa pretensão", garante Borges, que não renovou o mandato. "Sou presidente do PR e meu projeto agora é fortalecer o partido para as eleições de 2012", frisa. "Além do mais, é uma decisão que cabe à presidente eleita. Não se pode colocar o carro adiante dos bois", afirma.


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