Todos nós já ouvimos esta pergunta na música do grande compositor Renato Russo (Legião Urbana, 1987). Afinal de conta, que país é este? A letra da música é bem enfática em dizer: “Nas favelas; no senado; Sujeira pra todo lado; Ninguém respeita a constituição”. Realmente, o Brasil se transformou em uma zona. De qualquer ângulo o horizonte é sombrio. O quadro do país é negro. A sensação é a de que não há nada a se fazer. Não querendo ser pessimista, mas o Brasil está sucateado. Do ponto de vista institucional o problema é agravado, dada a corrupção impregnada no Executivo, Legislativo e Judiciário. A crise política evidenciada no País já exemplifica toda podridão existente no executivo e no legislativo, respeitando é claro as suas exceções. Basta olharmos para o MENSALÃO e agora o PETROLÃO para verificarmos a lama existente no meio daqueles que se dizem representantes do povo (que representante? Que povo?). Chega de discurso ideológico socialista ou comunista, se o que prevalece é anseio voraz do consumismo fomentado pelo capitalismo selvagem. O que existe é só roubalheira para todos os lados. Não há diferença nas siglas partidárias, pois até aqueles que se intitulavam guardiões da ética e da moral, hoje, são os piores atores políticos, tendo, inclusive, jogado no esgoto toda a sua história. Essa história de dizer que todos são iguais não cola!
A presidente Dilma, ano passado, descumpriu a meta do superávit primário e, como se não bastasse alterou a lei de responsabilidade fiscal em benefício próprio, mostrando-se acima da lei, como uma verdadeira déspota, o que já evidencia crime de responsabilidade. Mas, nada foi feito; pelo contrário, o Legislativo federal, coadunando com o erro, aprovou projeto de lei que alterou os índices fiscais para beneficiar o executivo federal. Nisto, vemos que os dois poderes andam mancomunados em seus erros e delitos. E o que dizer das pedaladas fiscais praticadas pela presidenta, já identificadas pelo TCU. Governo deu prova de sua irresponsabilidade quando apresentou ao Congresso orçamento para 2016, já com um déficit de 30,5 bilhões. Gastar com Cuba, Bolívia, Angola, Nigéria, Paraguai, Argentina e Venezuela, hoje, faz falta nas contas públicas. O discurso de campanha desvirtua integralmente com a realidade.
E o Poder Judiciário, que deveria ser diferente, por ser aquele que possui a missão de dirimir os conflitos sociais, também se encontra envolto em sujeira, ressalvando suas exceções. A começar pelo nepotismo cruzado existente nos tribunais país a fora. É comum aos telejornais noticiarem à existência de esquema entre juízes e/ou desembargadores com venda de sentenças. É decepcionante ver a alta Corte de Justiça submissa à vontade de um único partido político. Não sei quanto custa a indicação para o STF, se considerarmos a indicação da presidenta. Mas, uma coisa é certa, aquele a quem a presidenta indicar, certamente, deverá rezar na cartilha daquele a quem indicou e isso lhe custará muito caro!
O Brasil enfrenta uma crise política e econômica sem precedentes. Tudo isso, fruto de decisões políticas e econômicas equivocadas do atual governo. A quadrilha instalada no governo federal, com muitos de sua cúpula e aliados presos ou indiciados, apoderou-se do dinheiro público, com gastos vultosos com a Petrobras e nas refinarias de Pasadena e Abreu e Lima e, quiçá, o BNDES.
Agora, essa onda nefasta afeta toda a sociedade. Não podemos permitir que esse bando de irresponsáveis continue gerindo à máquina pública. E como se não bastasse querem aumentar a carga tributária, com a volta da CPMF. Isso é um absurdo! Ninguém tem culpa com o gasto desordenado realizado pelo governo federal.
Não devemos permitir que esse mal continue. Vamos à luta! A final de conta, o Brasil é de todos os brasileiros e não apenas de um partido de ditadores. Que país é este?