Política

Paulo Afonso - Bahia - 04/02/2015

Novatos ainda não sabem o papel de um vereador

Luiz Brito 3.913 DRT/Ba
Divulgação

A Justiça Eleitoral deveria estabelecer pelo menos uma pergunta para os “políticos” que almejam uma cadeira no Poder Legislativo: você sabe qual a função de um parlamentar? Os aventureiros da vida pública se candidatam atraídos pelo gordo salário, outros vislumbram vantagens na máquina pública, mas 90% não sabe sequer a importância do cargo no contexto social.
Dois anos já se passaram desde a ultima eleição, mesmo assim ainda há vereadores  e assessores que  não sabem sequer a diferença de uma indicação para um requerimento, não conhecem o regimentos interno do poder, nem contrataram assessores técnicos. A maioria promoveu cabos eleitorais a cargos que exigem conhecimento técnico.
Quem perde mais uma vez com a baixa qualidade do parlamento é a população. Apesar de alguns poucos vereadores possuírem nível superior e, em alguns casos, pós-graduação, tudo indica que a atual legislatura nas camaras da décima região administrativa da Bahia seja uma das mais fracas de todos os tempos, repetindo erros como os que aconteceram na legislatura passada, quando vereadores votaram, muitas vezes, em projetos sem ter lido.
Por suposto, a passagem  do vereador José Ângelo de Carvalho pela presidencia da Câmara de vereadores de  Paulo Afonso foi uma lástima. Nunca se viu tanta inutilidade. Quem sabe agora  neste segundo biênio, os novos presidentes possam contribuir com um projeto que crie uma escola para ensinar os vereadores a legislar. O projeto poderia levar o nome de “A Escolinha do Professor Ângêlo Carvalho ”.
Em Glória outra obra prima da natureza esbarrou na escolha de José Braz, o Bezeca eleito prefeito e  posteriormente vereador e presidente da Casa das Leis. Mas o nosso eleitor realmente só usa 10% de sua cabeça animal, como sentencia Raul Seixas na canção "Ouro de Tolo".  Bezeca é um dos maiores detentores de mandatos no estado da Bahia, só perdendo para o ex-presidente  da Câmara de Paulo Afonso, Marcondes  Francisco dos Santos, dono de sete mandatos consecutivos.
Entretanto, para resgatar a credibilidade das Câmaras, os novos presidentes terão que combinar com seus colegas de parlamento, além de convencer os cardeais dos seus partidos para que eles não mudem as Leis de acordo com as necessidades do momento. É que a grande maioria não resiste ao "canto da sereia" e ao tilintar das moedas. Assim é melhor o novos presidentes,  pensarem noutro discurso, já que uma andorinha só não faz verão.


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