Muita gente quando quer isolar uma pessoa ou descrimina-la, tenta colocar uma pecha, um carimbo ou uma definição pejorativa para estigmatiza-la. Tipo, fulano é doido, sicrano é encrenqueiro e por ai vai. Muitas vezes, estas pessoas que tentam isolar com estes estigmas são aqueles que assustam os outros porque são inteligentes, autênticas, verdadeiras, que são criativas, inovadoras e tem coragem de dizer e fazer o que pensam, sendo coerente com os seus princípios, mesmo que com isso desagradem aos poderosos, aos donos da verdade. Muitas vezes, eles assustam os seus chefes burocráticos, imediatos, porque são mais preparados intelectualmente, tem maior capacidade de gestão; como a gente ver tanto no serviço público brasileiro. Quando o chefe é preparado, até gostam de trabalhar com gente assim, pois só fazem acrescentar, ajudar a atingir os objetivos desejados. Tive a felicidade de trabalhar com dois grandes gestores públicos, que me deram a liberdade e a segurança de tomar as decisões necessárias para a eficiência e eficácia do serviço público. Um foi o ex-ministro da saúde José Serra, quando fui Coordenador(interventor) da FUNASA no Estado do Pará, quando conseguimos em 1998, moralizar aquela instituição, inclusive municipalizando todas as unidades de saúde, recuperadas e equipadas, 60 unidades de saúde, com 15 hospitais de médio porte, em cidades como Santarém, Marabá, Altamira, etc...; coisa que ninguém tinha conseguido em 50 anos e ainda devolvi dinheiro do orçamento(5 milhões). O outro foi o médico sanitarista Jarbas Barbosa(para mim o maior quadro da saúde pública brasileira), ex-secretário de saúde de Olinda e do Estado de Pernambuco, que me nomeou como diretor da Iª GERES, tendo sido também seu chefe de gabinete na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que respondeu(Jarbas) a um determinado politico que veio reclamar de mim, dizendo que eu era encrenqueiro, intransigente, que eu criava muito problema, respondeu que para ele eu nunca tinha sido problema e sim solução. Temos muita dificuldade no serviço público de atender todas as demandas da população, principalmente na saúde, aonde o financiamento no Brasil é muito baixo; basta dizer que gastamos 466 dólares per capita/ano(somadas as três esferas de governo), enquanto a Holanda, por exemplo, gasta 8000 dólares, inclusive os países da América Latina, na sua maioria, investem mais que o Brasil. E o pior, é que apesar de todas as dificuldades financeiras, ainda tem gente que rouba e outras querem ter privilégios e se você corta estes privilégios, procura trabalhar dentro das normas e dos princípios do SUS(universalidade, integralidade e equidade), ai é um Deus nos acuda, pois não estão acostumados a levar não, querem ser melhores que os demais. Consegui, por exemplo, como Secretário de Saúde de Serra Talhada, em 10 meses de gestão acabar com os privilégios, conseguimos operar todas as cirurgias eletivas da população em no máximo 30 dias, as cirurgias ortopédicas passaram a ser feitas em no máximo 15 dias e a as mulheres passaram a parir(normal ou cesariana) em Serra Talhada, no melhor Hospital de cirurgia de Serra, o São Francisco, tudo pelo SUS, para todos, sem descriminação, sem pedir favor a ninguém, inteiramente grátis, como manda a lei. Mas, algumas pessoas que tiveram interesses contrariados pela minha gestão, começaram um processo de fritura, me estigmatizando como encrenqueiro, que eu tratava mal as pessoas, isto é mentira; sempre tratei a todos com respeito e educação, agora privilégio e imoralidade não, comigo não vai. Só peço que façam uma comparação, com o tempo da minha gestão e os indicadores das outras, número de cirurgias realizadas , atendimento, consultas, exames, prestação de contas quadrimestral como manda a lei, etc.. ; além da satisfação da população. Por favor, não mintam, não inventem história que nunca existiu e como dizia Ariano Suassuna os¨doidos¨são mais criativos e como diz um grande amigo, os doidos tem caráter, as pessoas que mentem para levar vantagem e se dar bem, prejudicando e tentando estigmatizar alguns, com medo, estes são os fracos, os oportunistas. Tenho a consciência tranquila, que por onde passei como gestor, fiz o que a lei e a minha consciência mandava, tentando produzir equidade, inclusive dando mais a quem precisa mais e por isto tenho o respeito de todas as pessoas sérias e de princípios por onde andei.
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