De acordo com a legislação eleitoral, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) poderá registrar em dez dias outro candidato para substituir Eduardo Campos na disputa pela presidência da república.
Analistas políticos já apontam que a ex-senadora Marina Silva, vice na chapa, assumirá no lugar de Campos, morto em um acidente de avião na manhã desta quarta-feira, 13, enquanto se dirigia a um ato de campanha no Guarujá, interior de São Paulo.
Em entrevista para o Exame.com, o cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Aldo Fornazieri, afirmou que é natural que a vice assuma a cabeça da chapa da eleição presidencial.
Em entrevista no início desta tarde durante o Exame Brasil 2020, em São Paulo, o Senador Eduardo Suplicy (PT) também acredita que Marina será substituta de Campos.
A substituição deve ser acatada por maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados a chata “Unidos para o Brasil”, que reúne PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS.
Corrida à presidência
Marina está no PSB desde outubro do ano passando, quando a Rede Sustentabilidade, partido fundado por ela em fevereiro de 2013, teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2010, pelo Partido Verde (PV), Marina Silva foi a terceira candidata mais votada na eleição presidencial. Tornando-se a terceira candidata mais bem colocada na história, com 19,33% do votos válidos no primeiro turno, o que representou 19.636.359 milhões de votos.
No Distrito Federal, a ex-senadora superou Dilma e Serra e foi à candidata mais votada, obtendo 611 mil votos, o que representou quase 42% dos votos válidos.
No Acre, sua terra natal, Marina Silva ficou em terceiro lugar na votação, com 23,45% dos votos, atrás de Serra (PSDB) que obteve 52,13% dos votos, de Dilma, com 23,42% dos votos no primeiro turno.