O crescimento desordenado do trânsito não é um problema apenas das grandes cidades. Em Paulo Afonso, ele também é realidade. Muitos atribuem esse fato ao crescimento expansivo da cidade que, completou 56 anos no ultimo dia 28 de julho, mas permanece com o mesmo plano de urbanismo dos anos 80.
Esse plano já está defasado e muito precisa ser feito para ordenar o trânsito. “Nosso trânsito precisa de várias alterações. A maioria das ruas não atende mais as necessidades dos motoristas. Em algumas avenidas falta semáforo para que tráfego não seja prejudicado”, disse o motorista de táxi Júlio Castor.
Para Assis Valente Moraes, que também é taxista, os problemas do trânsito em Paulo Afonso são decorrentes de um planejamento urbano insuficiente para atender as demandas da atual população. “A cidade precisa de um novo projeto, pois ela cresceu muito. Algumas ruas em Paulo Afonso não estreitas e precisam ser alargadas. Além disso, alguns motoristas estacionam nessas ruas provocando engarrafamento, principalmente quando o veículo é de grande porte (onibus). Existem lugares da cidade que precisam de passarela para que o trânsito flua”, afirmou.
Outros fatores que cooperam para o crescimento desordenado são o transporte público ineficiente e a falta de investimento nesse setor. “O fato de o transporte público ser deficiente faz com que as pessoas deixem de andar de ônibus e passem a andar cada vez mais com transporte próprio”, destacou um especialista em gerenciamento de trânsito.
Ele frisou que o planejamento feito em 1980 não atende a realidade atual, e que a ausência de uma engenharia de trânsito, contribui com este estado critico que ver em todos os lugares.
“Nosso trânsito está caótico porque a demanda aumentou e as vias e ruas não foram dimensionadas para um tráfego tão intenso. O poder aquisitivo das pessoas aumentou, fazendo com que o número de carros circulando na cidade também aumentasse”, frisou o especialista.
As palavrinhas mágicas para resolver o problema de mobilidade como de urbanização de Paulo Afonso são: planejamento, articulação e integração. É preciso que se pense a cidade como um todo e não apenas em soluções pontuais.
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