Nomeados pelo governador Jaques Wagner (PT) na semana passada, os três conselheiros, dois do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e um do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), resolveram não esperar o prazo de 60 dias disponíveis e começaram a assumir as suas novas funções.
O mais apressado foi Mário Negromonte (PP), que deixou sua cadeira na Câmara Federal aberta para o seu suplente Popó (PRB) e agora segura a caneta de conselheiro do TCM. O pepista assumiu na manhã de ontem, na sede do tribunal.
O ato aconteceu no gabinete do presidente Francisco Netto, contando com a presença dos demais conselheiros, dos procuradores do Ministério Público de Contas e dos auditores da Corte.
O próximo da fila será o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), que se despede dos seus longos anos no Congresso Federal e ajuda a abrir caminho ao seu colega de partido, Emiliano José (PT).
O petista assume mandato na sua ausência. Ribeiro se juntará à corte de contas na próxima segunda-feira (09), menos de 15 dias após sua nomeação.
Hoje, o petista realiza uma confraternização no bairro do Rio Vermelho, onde marcará a sua transição.
Zezéu foi o protagonista da eleição mais acirrada à função. Disputou com o deputado estadual Carlos Gaban (DEM), que na primeira votação obteve mais votos que ele, com um placar de 28 a 27.
Após a articulação da equipe de governo, na segunda rodada, venceu com 35 votos, ante 23 do democrata.
O último da fila será o deputado estadual João Bonfim (PDT).
O pedetista, em conversa com a Tribuna, confirmou que só integrará o corpo do TCE após 30 dias.
Deverá ainda coordenar questões do mandato e discutir situações voltadas para a região onde concentra boa parte do seu eleitorado.
“Como eu ainda tenho 60 dias, tenho que arrumar meu gabinete, cuidar de projetos importantes antes de sair. Um que eu estou dando total atenção é a revisão dos limites dos municípios baianos, que está 90% concluído. Foi uma fase de estudo nas 471 cidades baianas que não posso deixar essa pendência. Tenho que sair com tudo resolvido. Quero enviar ao plenário e resolver minha vida de deputado para poder renunciar a legislatura”, informou.
A decisão de Bonfim atrasa os planos de Carlos Brasileiro (PT), ex-prefeito de Senhor do Bonfim.
O petista, suplente da coligação que ajudou a eleger o pedetista na eleição de 2010, ficará com a cadeira vaga.
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