A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelou que 28% dos fumantes largaram o cigarro nos últimos oito anos.
O levantamento registrou, ainda, que 11,3% da população brasileira fumam, enquanto que em 2006 o índice era de 15,7%. A frequência maior é entre os homens (14,4%), que fumam mais que as mulheres (8,6%).
Railda dos Santos Lima de Brito tinha 17 quando começou a fumar. A universitária de 42 anos afirma que naquela época não existia restrição para fumantes, que podia fumar em qualquer lugar e quase todo mundo fumava.
“Havia propagandas excelentes na TV que associavam o esporte ao cigarro, e essas propagandas funcionavam. Era considerado um gesto natural, e somente as pessoas descoladas e modernas fumavam. Era incentivo atrás de incentivo para fumar”, relata. A estudante e dona de casa parou de fumar há 12 anos.
“O que me levou a parar foi o cheiro do cigarro. Não aguentava mais sentir o cheiro nas mãos e na roupa, então eu resolvi parar de fumar.”, revela Marcelo Marques.
Além da queda no número de fumantes, outro motivo para comemorar é a redução no número de pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia.
Eram 4,6% dos brasileiros em 2006 e passou para 3,4% em 2013. O Vigitel 2013 também revelou a redução de fumantes passivos no domicílio, que passou de 12,7% em 2009 para 10,2% em 2013.
No local de trabalho, embora não seja uma redução expressiva, o índice de fumantes passivos saiu de 12,1% e foi para 9,8%.
Ações de combate
O Ministério da Saúde assinou em abril de 2013 portaria que permitiu ampliar o número de unidades e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem tratamento aos fumantes. Atualmente, há 23 mil equipes de saúde de 4 mil municípios, no âmbito da atenção básica, preparadas para ofertar o tratamento para largar o vício de fumar no SUS.
São oferecidas consultas de avaliação individual ou em grupo de apoio, além de medicamentos em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina