Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uefs, Uneb, Uesc e Uesb) paralisarão as atividades acadêmicas na terça-feira (29/4), em protesto contra a redução de verbas em quase 12 milhões para custeio e investimento, imposta pelo governo estadual.
"Com isso, o risco das instituições entrarem em colapso é muito grande, pois faltará dinheiro para comprar material e equipamentos, as obras de reforma e construção serão suspensas, o restaurante universitário poderá ser fechado, ocorrerão atrasos no pagamento de fornecedores, das empresas terceirizadas, das contas de luz, água e telefone. Também estarão suspensos os concursos e seleções públicas para professores e técnico-administrativos", diz nota distribuída pela Associação dos Docentes da Uefs.
A paralisação tem o objetivo de chamar a atenção da comunidade e, ao mesmo tempo, buscar seu apoio para a luta em defesa da Educação pública.
Como parte das ações da mobilização, a diretoria da Associação dos Docentes da Uefs está convidando representantes de entidades sindicais e dos movimentos sociais para um café da manhã, no dia da paralisação (29), a partir das 8 horas, no pórtico da Uefs. Na ocasião, explicará em detalhes os problemas enfrentados pela comunidade por causa da falta de recursos.
Os estudantes da Uefs também estão mobilizados e vêm realizando manifestações contra as precárias condições de estudo e a ameaça de fechamento do bandejão. Os técnico-administrativos, por sua vez, já paralisaram as atividades pela implantação do plano de cargos e salários.
No final de 2013, as três entidades (Adufs, DCE e Sintest) e a reitoria protocolaram um documento junto à Secretaria da Educação (SEC) apontando para os graves efeitos da redução do orçamento. A reivindicação é de que seja destinado às universidades um orçamento equivalente a 7% da Receita Líquida de Impostos. Atualmente, esse percentual não chega a 5%.