Na Assembleia Legislativa, apenas dois dos 63 deputados não tentarão a reeleição em outubro. Na Câmara Municipal de Salvador, 20 dos 43 vereadores já comunicaram a seus partidos que vão disputar uma das cadeiras na Assembleia ou na Câmara dos Deputados.
Quem ocupa cargo de secretário na prefeitura de Salvador ou no governo do estado terá de se desincompatibilizar da função, até abril, para poder participar do pleito. Deputados e vereadores não têm esta obrigação.
Os deputados estaduais estão bastante animados com o próximo pleito, apesar da concorrência de um calendário de eventos com força para mobilizar a atenção da população, como o Carnaval, que invade a primeira semana de março, o São João e a Copa.
Da bancada de 63 deputados, somente o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), e o deputado Herbert Barbosa (DEM) não disputarão a eleição no próximo ano.
Pré-candidato a governador em 2014, Nilo garante que não há chance de vir a concorrer a mais um mandato de deputado estadual.
"Se eu não for convidado para ser o vice na chapa encabeçada por Rui Costa (PT), manterei minha candidatura ao governo e abro mão de conquistar o meu sétimo mandato", informou o pedetista.
Nilo já sabe até para quem vai transferir o seu espólio eleitoral: ao genro Marcelo Veiga, também filiado ao PDT. A filha Renata, que chegou a ser anunciada como a sua sucessora, desistiu da disputa.
Indagado sobre as razões que tanto motivam os atuais deputados estaduais - dos quais mais de 20 em primeiro mandato - a disputar nova eleição, Marcelo Nilo respondeu: "Todo mundo quer servir ao público. A pessoa que está na vida pública sabe da responsabilidade em atender às demandas da população".
O democrata Herbert Barbosa, cumprindo o seu primeiro mandato de deputado estadual, também poderá não disputar a reeleição.
O parlamentar é irmão de Zito Barbosa, que concorreu à prefeitura de Barreiras pelo PMDB em 2012 e perdeu para Antônio Henrique (PP). Se Zito for candidato a deputado federal, agora pelo DEM, Herbert provavelmente abrirá mão de disputar a reeleição para deputado estadual.
Troca-troca
Os demais 61 deputados estaduais se mantêm na corrida eleitoral, seja para renovar o mandato ou buscar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Alguns mudaram de partido em outubro para se viabilizar eleitoralmente, aproveitando a brecha prevista pela legislação eleitoral que permite ao parlamentar que for disputar eleição em 2014 mudar de legenda.
Ao todo, sete deputados estaduais ganharam novos partidos: Bruno Reis (do PRP foi para o PMDB), Graça Pimenta (do PR para o PMDB), Elmar Nascimento (do PR foi para o DEM), Sandro Régis (saiu do PR para o DEM), Targino Machado (saiu do PSC para o DEM), Pastor Isidório (trocou o PSB pelo PSC), Maria Luiza (deixou o PSD e foi para o PSC).
A legenda que mais teve baixas foi o Partido da República (PR), com três desfiliações. O DEM teve o mesmo número de novos filiados.