Polícia

Paulo Afonso<>Bahia - 18/01/2014

Quadrilha desvia R$73 milhões da Mega-Sena e aplica maior golpe da história da Caixa Econômica

Agência
Divulgação

A Polícia Federal desarticulou o maior esquema de fraude da história da Caixa Econômica Federal. Neste sábado, agentes da PF realizaram uma operação em três Estados - Goiás, São Paulo e Maranhão - para identificar e prender os responsáveis por forjar um prêmio da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões em dezembro de 2013. 

De acordo com informações dos envolvidos na operação batizada de "Éskhara" (nome grego que, traduzido, significa “escara”, que é uma ferida que nunca se cura), um grupo de abriu uma conta-corrente na agência da Caixa em Tocantinópolis (TO) usando o nome de uma pessoa fictícia. O objetivo era receber um falso prêmio da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões. O dinheiro foi depositado e, em seguida, distribuído por diversas contas.

Com a operação, cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos, dez de busca e apreensão e um de condução coercitiva, que obriga o suspeito a prestar depoimento.

A Caixa Econômica Federal, que já bloqueou as contas e recuperou aproximadamente 70% do valor desviado, revelou à PF que trata-se da maior fraude já sofrida em toda a história do banco. O agente da PF Jorge Apolônio Martins revelou ainda que este é o quarto golpe aplicado no Brasil.

Embora a operação tenha movido um grande quadro de policiais federais, será um processo lento, já que envolve suspeitos em diversas partes do país. Para a PF, como a quadrilha está espalhada em pelo menos três estados brasileiros, a invstigação se torna um processo mais demorado. 

A operação conta com mais de 65 policiais federais de Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo estão envolvidos na operação.

Entre os suspeitos, que tiveram um mandado de prisão preventiva decretado, está um suplente de deputado federal do PMDB do Maranhão. A PF Não revelou o nome do suposto envolvido no esquema, ams informou que ele comprou um jatinho em janeiro deste ano.

Com a comprovação do envolvimento na fraude, os suspeitos - se condenados - responderão pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público por funcionário do Estado), receptação majorada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A condenação pode chegar a 29 anos de prisão.


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