Opinião

Paulo Afonso <> Bahia - 08/01/2014

Ano novo, nova chance

Rangel Cavalcante

Chegamos a um novo ano, o 2014º da Era Cristã e o 12º da era petista no governo do Brasil. Será um ano quase igual aos outros. Terá no calendário as mesmas festas e os mesmos feriados. Mas tem uma diferença: em outubro grande parte dos brasileiros terá uma nova chance de mostrar que criou vergonha na cara. Nesse mês mais de cem milhões dos nossos cidadãos serão convocados para eleger o presidente da República e o vice, todos os governadores e vice-governadores dos estados, os 513 deputados federais, parte dos senadores, além dos componentes das assembléias legislativas.

É dia em que assinarão uma procuração com amplos poderes para que os ungidos nas urnas sejam gerentes e fiscais de suas vidas, pelos próximos quatro ou oito anos. Terão poderes para decidir sobre a educação, a saúde, a segurança, as liberdades e tudo o mais na vida dos nossos quase 200 milhões de brasileiros. O resultado das urnas de outubro será um retrato da vergonha na cara dos nossos cidadãos. Muitos deles usaram, há quatro anos, milhões dos seus votos para eleger representantes notoriamente incompatíveis com o exercício de um mandato popular. Escorados numa Constituição e em leis complacentes, que consagraram no país a impunidade, a delinqüência, a incompetência e a desonestidade se instalaram de maneira escancarada nos três poderes da República. Um terço dos nossos congressistas e uma gama de integrantes do executivo respondem a processos que contemplam praticamente todo o Código Penal. O cidadão brasileiro não pode mais dizer que votou enganado. Todo mundo hoje conhece todo mundo. Os ícones nacionais da corrupção que estão no Congresso representam os estados mais ricos e politizados do país. O brasileiro tem nove meses para meditar antes de acessar a urna eletrônica para escolher os seus representantes. Não pode perder essa nova chance, para não ser cúmplice da bandidagem na política, sem o direito de protestar nas ruas.

 


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