Política

Paulo Afonso <> Bahia - 01/11/2013

PP pode apoiar Otto para governador ou até Lídice e deixar base de Wagner

por Sandro Freitas
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

O Partido Progressista, que até pouco tempo atrás era tido como escudeiro fiel do governador Jaques Wagner (PT), pode chegar ao ponto de seguir um caminho contrário à costura que o chefe do Executivo faz para as eleições de 2014. Após garantir que iria apoiar o nome escolhido por Wagner, agora a legenda estuda a possibilidade de solicitar alguém de fora do PT ou, até mesmo, apoiar um candidato de fora da base, no caso, a senadora Lídice da Mata (PSB). Em conversa com o Bahia Notícias, o presidente estadual do PP, deputado federal Mário Negromonte, revelou que será feita uma consulta a todos os integrantes da sigla na Bahia e a “decisão consensual” será levada para o governador. O líder do PP baiano citou como possibilidades os quatro petistas que tentam ser indicados por Wagner [Rui Costa, José Sérgio Gabrielli, Walter Pinheiro e Luiz Caetano], mas também incluiu na lista Lídice e até mesmo o vice-governador Otto Alencar, que já deixou claro que prefere o Senado, decisão que já teria sido tomada pelo Palácio de Ondina. Negromonte preferiu não cravar a possibilidade de saída do PP da base do governo, mas ressaltou que integrantes do partido estão insatisfeitos. “Está havendo uma reação da base, com confusão, conflito. Cada um quer um [nome para governador]. Como presidente do partido, quero ouvir o que a maioria quer”, disse. Outros membros do PP consultados pelo BN, incluindo membros do governo que preferiram o anonimato, revelaram que o nome de consenso seria mesmo Otto Alencar, mas já ouviram de todos os lados que o chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi escolhido pelo “técnico do time”. Os pepistas também ventilaram uma possibilidade que não tinha sido discutida até agora: o próprio governador abrir mão do fim do mandato para se candidatar ao Senado. Na costura, Otto também sairia do governo para voltar como candidato à sucessão do chefe e o Palácio de Ondina cairia no colo, por um curto período, do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT). Vale ressaltar que tal possibilidade deixaria o caminho livre para o PP indicar o vice. As consultas dentro do PP devem durar até dezembro, após o prazo que o PT definiu para divulgar o nome do candidato à sucessão de Wagner. Segundo Negromonte, a decisão será levada ao chefe do Executivo “para ele definir o que prefere”. 


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