A Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf), responsável pela distribuição de 66% de toda a energia do governo federal, foi homenageada em sessão solene no plenário da Câmara, pelos 65 anos de fundação, nesta segunda-feira, 7. O deputado Mario Negromonte (PP-BA), autor do requerimento para a homenagem à Chesf, afirmou em discurso que comemorava o sucesso da empresa, agradecendo os mais de 20 mil trabalhadores e a diretoria.
“A Chesf promoveu uma verdadeira redenção no Nordeste. Essa história ganha vida, especialmente para os nordestinos que, como eu, viveram constituíram família na região de Paulo Afonso na Bahia”, destacou.Negromonte destacou o papel da Chesf na conjuntura de distribuição de energia elétrica. “Hoje, além de abastecer o Nordeste, é um importante agente de distribuição de energia do sistema de energia elétrica brasileiro, com 66% de toda a energia utilizada pelo governo sendo gerada pela Chesf”, pontuou.
Atualmente, a Chesf investe no maior programa de obras de sua história. Em 2012, concluiu um número expressivo de obras de transmissão com a entrega de oito subestações no Nordeste. “Tenho certeza que a Chesf vai continuar sendo a grande geradora da região Nordeste, superando obstáculos e contribuindo decisivamente para desenvolvimento do nosso País”, salientou Negromonte
O complexo da Chesf compreende 14 usinas hidrelétricas, entre elas o complexo Paulo Afonso e Xingó. É abastecido por nove reservatórios com capacidade de armazenamento superior a 56 milhões de metros cúbicos de água.
De acordo com dados da empresa, neste ano, a Chesf aportou R$ 1,2 bilhão para adicionar ao sistema de 241 km de linha de transmissão e de 6.295 megawatts de potência instalada em 2013. A empresa planejou investir mais de R$ 2 bilhões. Serão seis novas subestações, 1.086 km de linhas e 3.465 megawatts de transformação, além de recapacitação de 780 km de linha de 780 quilowatts.
O líder da bancada do PT na Câmara, o deputado José Guimarães (CE), iniciou seu pronunciamento ressaltando três questões referentes à Chesf. A primeira é que o Nordeste não seria o Nordeste que é hoje sem a Chesf.
“O Nordeste deixou de ser uma região exportadora de mão-de-obra desqualificada para o Sul. No passado, a nossa região, qualquer filho de um agricultor, que como eu que tive três irmãos, ia em direção a São Bernardo do Campo (SP) para trabalharem na indústria automobilística”, lembrou Guimarães.
Esse era o grande sonho, frisa José Guimarães, acrescentando que “hoje o Nordeste é porta de entrada do desenvolvimento “um porto seguro para novos e grandiosos investimentos”. A segunda questão, à qual Guimarães aludiu é que sem a Chesf, o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) não haveria alcançado o sucesso no Nordeste.
Na opinião do líder do PT na Câmara, a empresa se qualificou e ao mesmo tempo atendeu o chamamento do governo da presidenta Dilma Rousseff para “ser uma empresa que passou a integrar esse que é, hoje, o grande alavancador do processo de crescimento do Brasil que é o PAC. A Chesf foi parceira e é parceira”.
Já, a terceira questão ressaltada por Guimarães é que os nordestinos gostam da Chesf, se referindo ao trabalho social que a empresa realiza, financiando projetos que alteram o processo de distribuição de renda e de geração de oportunidade.
“A Chesf, portanto, é uma empresa que não é só a maior geradora de energia limpa do Brasil, mas também, totalmente, comprometida com o processo de crescimento do nosso País”, salientou o líder petista.
O deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), da tribuna, afirmou que ao completar 65 anos, a Chesf “destaca-se pela produção, transmissão e comercialização de energia em nível de excelência atenta aos padrões de rentabilidade e sustentabilidade exigidos, por uma companhia moderna e comprometida com o verdadeiro desenvolvimento do País”.
Estiveram também presentes à solenidade Jorge da Mota e Silva, diretor Administrativo e Financeiro do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobras (CEPEL); Tito Cardoso de Oliveira Neto, diretor de Gestão Corporativa da Eletrobras (Eletronorte); Robésio Maciel de Sena Secretário Adjunto de Energia Elétrica, representando o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão; e João Bosco de Almeida, diretor Presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), entre outros funcionários da empresa.
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