Cancelar contas, fazer transferências de valores elevados, renegociar dívidas. Estes são alguns dos serviços que têm sido mais afetados pela greve nacional dos bancários, deflagrada no dia 19 de setembro. A paralisação – que nesta terça-feira (2) completou13 dias – já é considerada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) como a maior dos últimos 20 anos.
Nem todos os correntistas que recorrem à internet, por exemplo, conseguem realizar as chamadas Transferências Eletrônicas Disponíveis (TEDs), que envolvem altos valores. O limite varia de banco para banco, mas, em geral, é possível movimentar quantias entre R$ 2 mil ou R$ 3 mil. Para valores superiores é preciso ter uma autorização prévia da instituição financeira, que deve ser concedida pelo gerente da agência de forma presencial.
Com relação aos pagamentos, é possível quitar contas de até R$ 1 mil sem recorrer às agências bancárias. Para saques, o valor médio é de até R$ 1,5 mil. Quem não é adepto dos canais remotos e prefere fazer depósitos ou pagamentos de forma presencial, através dos caixas eletrônicos, também vai enfrentar problemas.
Na próxima quinta-feira (3), a partir das 18h, a categoria realizará uma assembleia para decidir os novos rumos da paralisação.
“O recado dos trabalhadores é claro. A greve continuará crescendo enquanto não houver aumento real, valorização dos pisos, melhoria da PLR, proteção do emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades”, destacou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, no site da entidade.