O programa Assembleia Itinerante, que transfere a sede do Legislativo para o interior durante 24 horas, instalado em Paulo Afonso não agradou a maioria dos pauloafonsinos que lotaram as dependencias do Memorial CHESF, na tarde desta quarta-feira (7), na esperança de que os problemas que afligem a terra da energia ganhassem pelo menos a garantia dos parlamentares de que estes seriam analisados. O evento reuniu, além de deputados, prefeitos, vereadores, representantes de entidades e outras lideranças da região e se, por um lado, o parlamento móvel tinha como propósta servir de audiência pública, por outro, a iniciativa virou um palanque de críticas contra os critérios estabelecidos pelo cerimonial, não permitindo, por exemplo, o uso da palavra ao presidente da Câmara de Vereadores, Marcondes Francisco dos Santos. O parlamentar teve o cuidado de se reunir algumas horas antes da sessão com os vereadores da situação e oposição para discutir as prioridades do município. Na longa lista de reivindicações que Marcondes trazia debaixo do braço, a prioridade zero é instalação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), seguida do retorno dos voos, da ampliação do terminal rodoviário, da segurança, da mobilidade urbana, transformação da Comarca de Paulo Afonso em Entrância Final,assuntos que deveriam dominar os pronunciamentos dos parlamentares. Contudo, o presidente teve que se contentar com um assento na mesa diretora durante o segundo momento da sessão que contemplou com a Medalha Dois de Julho o prefeito Anilton Bastos Pereira; os deputados federais Mário Negromonte e Luiz de Deus; o juiz Rosalino dos Santos Almeida; e o sindicalista Raimundo Lucena Maciel.
Foi uma sessão onde o pauloafonsino atuou apenas mero expectador.
Em resumo essas sessões não têm surtido o efeito desejado, exceto a oportunidade de os parlamentares estarem visitando suas bases de olho nas eleições do próximo ano.
Assim, a exemplo das outras seis edições, a de Paulo Afonso foi uma sessão onde nada foi decidido. Foi somente uma excelente oportunidade para a maioria dos parlamentares presentes conhecerem a terra da energia, elogiar suas belezas naturais, comer, beber, viajar de avião, embolsar uma gorda diária e retornar para a capital do estado, quando se esperava que a proposta era de direcionar os trabalhos da Casa Legislativa para melhor atender aos anseios da população.