Regional

Paulo Afonso (BA) - 25/07/2013

Ex-prefeito é preso acusado de assassinato

Com gazetaweb.com
Foto reprodução

A prisão temporária de 30 dias do ex-prefeito de Traipu, Marcos Santos, foi expedida pela comarca de Traipu a pedido do Ministério Público de Alagoas(MPE/AL). Ao fim dos 30 dias, é possível que o MPE solicite a prisão preventiva do ex-gestor, que tem prazo indeterminado. Ainda nesta semana, o procurador-geral de Justiça publicará uma portaria designando um grupo de promotores para acompanhar o caso.

O delegado-geral Paulo Cerqueira disse que também irá designar uma comissão de delegados para atuar no caso. Ele esclareceu que algumas informações – tais como a motivação do crime – deverão ser mantidas em sigilo para não atrapalhar nas investigações.

Segundo a Secretaria de Defesa Social, o ex-prefeito não resistiu à prisão. Após ser detido, ele foi levado até a Delegacia-Geral de Polícia Civil, no bairro de Jacarecica.

As autoridades policiais chegaram a conclusão de que Marcos Santos teria mandado matar o ex-secretário depois que Erivan Alves dos Santos, acusado de ser o autor material do crime, foi preso em São Paulo, na última quinta-feira (18), e, ao ser interrogado, informou à polícia que o ex-prefeito seria o autor intelectual.

A Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds) deve dar mais informações sobre a operação que resultou na prisão do ex-prefeito ainda na manhã desta quarta-feira.

O ex-secretário municipal de Turismo e Eventos de Traipu, José Valter Matos Palmeira, foi assassinado, na madrugada do dia 15 de maio de 2011, dentro da garagem da residência onde morava, na Rua Monsenhor Medeiros, no Centro da Cidade. ‘Valtão’, como é mais conhecido, levou dois tiros de pistola 380, ambos acertando a cabeça do empresário. José Valter foi abordado pelo seu assassino minutos após entrar com o carro dentro da garagem de casa. Ele sequer teria conseguido descer do carro e morreu ainda no banco do veículo.

Marcos Santos

O ex-prefeito de Traipu, Marcos Santos, afirmou nesta quarta-feira (24) que a prisão ocorrida, sob a acusação de tramar a morte do ex-secretário José Valter Palmeira, tem motivação política. Santos se disse "perseguido" por um grupo que seria, supostamente, comandado pela atual prefeita do município, Conceição Tavares.

"É de interesse de um grupo específico a minha prisão. Esse grupo é comandado pela prefeita Conceição Tavares, com o apoio da promotora Karla Padilha. Nunca cometi crime e fui inocentado de várias acusações administras. Como Jesus Cristo foi crucificado e era inocente, eu me declaro inocente", argumentou o ex-prefeito.


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