Política

Paulo Afonso (BA) - 15/07/2013

Eletricitários entram em greve por tempo indeterminado

Agência ANPA – Reportagem: AC Zuca e Washington Luís
Foto Antonio carlos ZUCA

Trabalhadores do sistema ELETROBRAS em todo o país paralisaram suas atividades por tempo indeterminado nesta segunda-feira (15) para exigir respostas do Governo federal à pauta de reivindicações apresentada nas três últimas rodadas de negociação entre a diretoria da Holding e representantes das centrais sindicais, que segundo eles não avançaram e tornaram impossível confiar na maior empresa geradora de energia elétrica das Américas. De acordo com o diretor estadual do SINERGIA Gilberto Santana, a categoria decidiu pela paralisação nacional durante as assembleias realizadas em todo o Brasil na última quinta-feira (11) e será uma resposta ao desrespeito às reivindicações da categoria, a ameaça de retirada de seus direitos e o sucateamento da Chesf, tirando a independência da empresa e impossibilitando cada vez mais suas ações que sempre contribuíram para o desenvolvimento da região Nordeste.
“Hoje todo o setor elétrico nacional está paralisado, de acordo com a decisão tomada no último dia 11, quando a CUT e as Centrais Sindicais promoveram uma excelente paralisação e demonstração de força, por ocasião do Dia Nacional de Luta; nós não aceitamos que o Brasil tome medidas neoliberais, conservadoras e semelhantes às que foram tomadas pelos governos Fernando Collor e Fernando Henrique. A Presidente Dilma está na contramão da história, ao fazer o sucateamento da Chesf, tornando a empresa impossibilitada de exercer o papel de indutora do desenvolvimento do Nordeste”, disse o sindicalista.
Gilberto Santana traduziu a insatisfação dos eletricitários com o atual governo do PT, propulsor das históricas manifestações sindicais lideradas por seu fundador e primeiro presidente nacional, o então metalúrgico Luiz Inácio da Silva (Lula), que em 2002 seria eleito para seu primeiro mandato como Presidente da República, empunhando como bandeira de luta a garantia dos direitos dos trabalhadores.
“A Medida Provisória que supõe promover a motricidade tarifária, na verdade inviabiliza a Chesf, portanto foi reprovada pelo sufrágio universal da categoria, quando escolheu pelo voto direto o projeto democrático popular. Assim, nós estamos manifestando nossa insatisfação contra o Governo, sobretudo contra a Presidenta Dilma, que vai na contramão da história, ao tomar tais medidas, e Paulo Afonso é testemunha e protagonista de muitas lutas, por isso nós queremos que todas as conquistas sejam asseguradas também aos novos contratados e a garantia de que os eletricitários terão ganho real a exemplo das demais categorias do Brasil e também queremos um abono salarial que compense as perdas dos últimos anos”, concluiu.


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