Não consigo evitar um ar de riso quando escuto ou leio alguns políticos que se dizem representantes dos pauloafonsinos tendo sucessivos orgasmos ao comemorar obras que não são suas e falando na hediondez da corrupção, como igualmente o riso me aflora aos lábios quando escuto sua presidente, não a minha, Dilma - a búlgara - falar de um maravilhoso país que ela governa e que a gente so acha esse mundo real no conto de Alice no país das maravilhas. Sorrio quando vejo o povo nas ruas dizendo que povo unido jamais será vencido. E que o gigante acordou. Na minha ótica, como dizia o locutor Djalma Nobre, o gigante apenas soltou um pummmm e virou de lado.
Já se disse e torno a repertir que esse é um país estranho, onde mundanas se apaixonam e traficantes se viciam. É um país que com um IDH dos mais baixos da América mesmo assim posa de gigante e se arrisca a uma Copa das Confederações e a Copa do Mundo seguidos, com todo o rio de dinheiro que isso implica. É um país que ainda não venceu a dengue, mas discute sobre célula-tronco, coisas tão distantes de nossa realidade como a bonança. É um país onde a balança comercial despenca a cada trimestre e nenhum economista alerta para o fato, procura saídas, encontra torneiras para deter essa sangria
Somos o avesso do avesso, do avesso, do avesso como cantarola Caetano Veloso o que absolutamente não significa que somos o direito. Aqui, criminoso tem bolsa para manter sua família, enquanto a família da vítima que se exploda. Aqui, bom comportamento numa prisão é a chave para a rua mesmo que o delinquente volte a delinquir nas ruas. Entre nós, no nosso Congresso, lutam gays contra homófobos, ruralistas contra agricultores e preservacionistas contra grileiros, cada qual com sua bancada. É esse país com todas essas contradições que foi às ruas clamar por melhorias. Que elas venham, saiam de onde sair.