Não é apenas em Paulo Afonso que os sucessivos acidentes com motociclistas transformaram-se num pesadelo para as autoridades públicas. Uma reportagem publicada pelo Portal de Notícias G1 esta semana mostra que essa situação saiu de controle em todo o País – ou pelo menos nas cidades de médio e grande portes. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), criado pelo Ministério da Saúde, o número de acidentes desse tipo aumentou 263,5% em 10 anos.
Em 2011, foram 11.268 mortes no País, contra 3.100 motociclistas mortos em 2001. O Ministério da Saúde informa que os dados de 2011 são os mais recentes disponíveis, visto que o processo de registro de óbito é demorado, levando até dois anos para contabilizar todos os casos. O salto no número de mortes em acidentes com motos é bem maior que o aumento do número de óbitos em acidentes de trânsito em geral (carros, caminhões, motos, ônibus, pedestres). Em 2011, foram 42.425 mortes contra 30.524 registradas em 2001 – alta de 39%.
No mesmo período, a frota brasileira de veículos sobre duas rodas aumentou 300%, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo), com base em números divulgados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A quantidade de motos emplacadas no Brasil saltou de 4.611.301 unidades, em 2001, para 18.442.413, em 2011.
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