Neste artigo enviado ao Site, o educador ambiental e comunicador social Vitório Rodrigues lembra a passagem pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (5).
Mas para Vitório, a maioria das pessoas lembra apenas a data e se esquece de fazer seu papel, enquanto cidadãs, no restante do ano. Confiram o artigo dele:
05 de Junho, Dia Mundial do Meio Ambiente
A criação da data foi em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobam o planeta, mais conhecido como conferência das Nações Unidas.
A conferência reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais, em que a pauta principal abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, de tal modo que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade.
A bem da verdade, eu particularmente acho que essa data deveria ser utilizada para duas situações: a primeira seria para os governos e nós, cidadãos, apresentarmos os resultados concretos das nossas ações realizadas em favor do meio ambiente durante os demais 364 dias do ano que passou, e a segunda seria elaborarmos o planejamento para o ano seguinte.
Infelizmente todos nós sabemos que as coisas não são feitas dessa forma e muito menos pensadas assim. A maioria dos eventos programados para as semanas onde estão inseridos os dias do meio ambiente, do aniversário de descobrimento do rio, o dia da árvore e outras datas, resguardando raras exceções, é apenas para promover badalações, gerando bonitas fotos, belas imagens para a televisão, matérias em jornais, bonitos discursos e dai por diante.
Depois que essas datas passam, parece que nós esquecemos que a cidadania precisa ser exercida todos os dias a cada minuto de nossas vidas. E aí continuamos contradizendo a tudo que combatemos nos discursos, nas badalações feitas durante a semana alusiva de comemorações que acabamos de viver.
Sem nos preocuparmos mais com o meio ambiente, haja lixo nos terrenos baldios, haja consumo exagerado de água e energia, haja poluição sonora, haja poluição atmosférica, haja corte de árvores urbanas – muitas delas ‘condenadas’ sob acusação de estarem sujando o ambiente ou de estarem servindo de esconderijo para bandidos, como se elas fossem culpadas -, haja desmatamento do nosso bioma em nome do progresso.
Para completar, vamos deixar morrer de sede as mudinhas de planta que foram plantadas durante as comemorações para serem filmadas para a televisão e fotografadas para outras finalidades e esquecidas à própria sorte.
No campo acadêmico, vemos pessoas se formando em vários ramos da ecologia e meio ambiente, onde é visível a intenção de grande parte dos profissionais, que não é proteger os recursos naturais para que sejam usados com parcimônia e sim ganhar dinheiro para tornar legal situações adversas que são contrárias a todas as possibilidades de proteção a esses recursos. É lamentável, mas é verdade. Seja você um defensor do meio ambiente, a Natureza agradece.
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