Atendendo ao convite do vereador Zé Carlos do BTN (PRB) a Doutora Tereza Lira e a enfermeira Maria Luíza, responsáveis pelo Programa de Combate à Tuberculose, desenvolvido pelo SEDERPAS, compareceram à Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (03) onde apresentaram estatísticas atualizadas sobre incidências de casos de tuberculose e hanseníase em Paulo Afonso e o tratamento gratuito administrado aos portadores das duas doenças, destacando a tuberculose que pode ser curada com antibióticos, desde que seja diagnosticada precocemente.
“Apesar de já ter alcançado níveis bastante avançados, atualmente o quadro da tuberculose em Paulo Afonso pode se considerar estável; através do SEDERPAS o paciente pode ser tratado e curado gratuitamente e sem a necessidade de encaminhamento para Salvador, desde que procure o serviço de saúde tão logo comece a sentir os sintomas, que são: tosse persistente por mais de duas semanas, expectoração, perda de peso e febre vespertina”, explicou Doutora Tereza, salientando que o tratamento tem duração de seis meses e não deve ser interrompido, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.
Zé Carlos agradeceu à Doutora Tereza Lira e à enfermeira Maria Luíza pela palestra que considerou bastante proveitosa e explicou o motivo do convite, que segundo ele, teve o objetivo de deixar a população a par da situação da tuberculose e dos cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação da doença, principalmente nas periferias da cidade.
“Como líder comunitário do BTN ha mais de 23 anos, uma das minhas preocupações é com a saúde do povo do meu bairro, visto que existem muitas pessoas que por falta de informação sobre determinadas doenças como hanseníase e tuberculose, não procuram atendimento médico e acabam sofrendo mais, quando poderiam ser tratadas gratuitamente; por essa razão eu convidei a Doutora Tereza para falar sobre o assunto e esclarecer algumas dúvidas que com certeza vão ajudar a estas pessoas”, explicou o vereador.
De acordo com as palestrantes, a tuberculose é uma doença contagiosa que afeta principalmente os pulmões, podendo atingir também os ossos, rins e outros órgãos do corpo humano. A comprovação do diagnóstico é obtida através de radiologia e tomografia computadorizada e o tratamento é oferecido pelo Ministério da Saúde em parceria com os municípios, desde a década de 40. A Bahia ocupa hoje o 3º lugar em números de casos no Brasil, apesar do decrescente gráfico de ocorrências que aponta 40 casos registrados no estado em 2009 e apenas 10 nos primeiros cinco meses de 2013.